Caetano Veloso comemorá 80 anos no palco com os filhos e Maria Bethânia
Gente é pra brilhar. E Caetano Veloso chega aos 80 neste 7 de agosto querendo “prosseguir, durar, crescer e luzir”, como o próprio escreveu. A comemoração do aniversário será íntima, porém pública. No próximo domingo, fará show ao lado dos filhos Moreno, Zeca e Tom e da irmã Maria Bethânia. A transmissão, ao vivo, da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, será pelo Globoplay e Multishow.
Longe dos holofotes e sob o olhar de terceiros, vida e obra de Caetano estão sendo revistas em cinco lançamentos literários. Dois títulos têm o viés biográfico, “Outras palavras – Seis vezes Caetano”, do jornalista Tom Cardoso (Record), e “Lado C – A trajetória musical de Caetano Veloso até a reinvenção com a BandaCê”, dos pesquisadores Luiz Felipe Carneiro e Tito Guedes (Máquina de Livros).
O terceiro volume é um calhamaço organizado por Eucanaã Ferraz para a Companhia das Letras que compila a produção poética do baiano. “Letras” reúne todas as canções escritas por ele – começa da atualidade, com as letras de “Meu coco” (2021), retrocedendo às composições iniciais nos anos 1960.
Já a Cepe Editora disponibiliza gratuitamente, a partir desta segunda (1/8), o e-book “Caetano Veloso enquanto superastro”. Escrito pelo crítico mineiro Silviano Santiago há 50 anos, o ensaio, considerado pioneiro em sua época, faz uma leitura sobre o fenômeno do superstar, algo que a academia não estudava no início dos anos 1970.
O último título, que será lançado em 29 deste mês, é a antologia “Vivo muito vivo” (José Olympio). A obra reúne 15 autores contemporâneos em contos inspirados em letras de Caetano.
Tom Cardoso, que já biografou Nara Leão e Sócrates, não considera “Outras palavras” como tal. “É um ensaio com uma mistura de biografia. Eu me espelhei em ‘Roberto Carlos em detalhes’, de Paulo César de Araújo, que tinha capítulos temáticos”, diz. Lançado em 2006, o livro de Paulo César de Araújo foi censurado pelo próprio Rei, recolhido das livrarias e motivou o STF a mudar a legislação, liberando quase uma década depois a publicação de biografias não autorizadas.
Por: Mariana Peixoto (O Estado de Minas)
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