Por que as instituições de saúde precisam de profissionais alinhados aos propósitos organizacionais?
Por Vinicius Menezes*
Qual a diferença que queremos fazer no mundo? Em algum momento, essa pergunta vem à mente da maioria de nós. A resposta está relacionada ao propósito que damos à vida e ao que nos move como pessoas e profissionais em um mundo tão acelerado e em constante transformação. Ter uma motivação claramente definida ajuda a seguirmos em frente todos os dias, independente dos obstáculos.
Assim também é nas organizações. O mundo atual exige que as empresas, além de oferecerem produtos e serviços de qualidade, tenham um propósito claro. A definição e a vivência desse propósito é que garantem melhores resultados com seus diferentes públicos.
Por isso, hoje, parte do sucesso de todo negócio depende do que chamamos de propositocracia. A palavra é uma alusão ao termo meritocracia, tão utilizado quanto criticado no mundo corporativo. Porém, aqui, usamos o vocábulo adaptado ao sentido de propósito.
Portanto, propositocracia é o princípio das organizações que define a possibilidade de crescimento e ascensão de pessoas cujos valores, ações e resultados estão alinhados ao propósito das instituições.
Na área da saúde, o resultado da adoção desse princípio é determinante para o processo de melhoria contínua dos serviços prestados à população.
Pessoas que trabalham com propósito entendem que a transformação que desejam pode ocorrer a partir de suas próprias ações. Por isso, quando atuam em instituições que têm valores e objetivos semelhantes aos seus, esses profissionais tendem a se engajar ainda mais na cultura da segurança do paciente.
Da escolha da equipe às decisões sobre o negócio
Segundo o estudo de Jim Collins, empresas com propósito claro superam em 12 vezes os resultados da média de mercado.
Na prática, isso significa que a propositocracia deve estar presente desde o momento da seleção dos candidatos, onde o conhecimento técnico é parte fundamental, mas pouco diferencial na seleção.
Quando esse processo ocorre com base na propositocracia, os valores do profissional e suas soft skills, que são o conjunto de habilidades comportamentais, serão os principais determinantes para a contratação, devendo estar alinhados com os da instituição.
Esse princípio também deve permear o organograma organizacional. Nesse caso, geralmente, a estrutura será mais horizontalizada, permitindo que todos, independente de cargo, função ou formação, possam opinar sobre as mais diversas áreas. Afinal, todos estão na mesma busca.
Assim também deve ser quando houver chances de promoção ou ascensão em cargos de gestão, uma vez que a propositocracia garantirá que as pessoas mais alinhadas com os propósitos e valores da instituição, aquelas que buscam resultados não individuais ou setoriais, ascendam na carreira dentro da organização, impulsionando cada dia mais esse princípio.
Por fim, se o propósito é voar e todos têm os valores alinhados, mesmo que não estejam escritos, saberemos que, de alguma forma, o resultado será alcançado e o voo acontecerá!
*Vinicius Menezes é CEO da Vital Assistência e Gestão, médico e gestor/empreendedor.
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