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As políticas públicas desenvolvidas pela Prefeitura de Salvador, por meio das secretarias de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) e da Educação (Smed), ganharam destaque internacional durante o 8º Fórum Global do Pacto de Política Alimentar Urbana de Milão, que acontece no Rio de Janeiro. A titular da Secis, Marcelle Moraes, e o secretário da Smed, Marcelo Oliveira, representaram a gestão soteropolitana durante o evento.
O evento reúne autoridades de todo o mundo para discutir soluções e firmar um pacto global para implementações de iniciativas voltadas aos sistemas alimentares, ou seja, ações que garantem que as pessoas tenham os meios e recursos necessários para uma alimentação saudável, sem comprometer a integridade e a estabilidade do meio ambiente. Em agosto deste ano, a capital baiana deu início ao projeto Educando para Sustentabilidade, com o foco na oferta de uma dieta mais saudável para os estudantes da rede municipal, além de combater as mudanças do clima.
A iniciativa consiste na substituição de 20% dos alimentos de origem animal por vegetal, a fim de trazer protagonismo ao consumo de frutas, verduras, legumes, grãos e cereais como base para uma alimentação saudável e sustentável. O programa visa ampliar as opções no cardápio de mais de 145 mil estudantes que terão uma quantidade maior de verduras, legumes, grãos e frutas nas refeições.
A expectativa é que no primeiro ano, o projeto tenha impacto o ambiental positivo na preservação de 16 mil hectares de floresta (o equivalente a cerca de 16 mil campos de futebol), 400 milhões de litros de água poupados – representando cerca de 3 milhões de banhos de 15 minutos – e mais de 75 mil toneladas de dióxido de carbono não emitidos para atmosfera, o que equivale a mais de 575 milhões de quilômetros de carro não rodados.
“Estamos construindo, conjuntamente com a Secretaria da Educação, um programa que já está gerando impactos significativos aos sistemas alimentares da capital. É fundamental estreitar essa distância promovendo a produção de alimentos no espaço urbano evitando o consumo e a emissão de grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, bem como, permitindo o desenvolvimento das comunidades”, pontuou Marcelle Moraes.
Durante o evento, Salvador foi uma das cidades que realizou a assinatura do pacto global firmando o compromisso na implementação de boas práticas para assegurar a segurança alimentar das pessoas de forma sustentável. Agora, a capital baiana é signatária da rede internacional.
Educando para Sustentabilidade – O programa Educando para Sustentabilidade teve início em agosto deste ano com o projeto-piloto que englobou 30 escolas selecionadas para teste de aceitabilidade. Em setembro, a iniciativa foi lançada em todas as instituições de ensino da rede municipal.
Até o final do ano, pelo menos dez hortas escolares serão implantadas para a produção de alimentos no espaço urbano, evitando o consumo e a emissão de grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, bem como, permitindo o desenvolvimento das comunidades.
“Já realizamos a capacitação teórica e prática com as nossas equipes de nutricionistas e manipuladores de alimentos que atuam nas cozinhas das escolas. Além disso, estamos desenvolvendo materiais educativos para implementar na grade curricular dos alunos o tema. Nossa expectativa para o próximo ano é ampliar ainda mais o quantitativo de hortas em nossa rede de ensino”, explicou Marcelo Oliveira.