Secis lança novo inventário sobre o efeito estufa em Salvador

A Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), lançou, nesta segunda-feira (21), durante a abertura da 113ª Edição do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, que acontece no Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande, em Salvador, um novo grupo de trabalho focado em estudar e analisar os impactos do efeito estufa na capital baiana. A iniciativa foi anunciada pela titular da pasta, Marcelle Moraes, durante o encontro, que é promovido pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).  

Um grupo formado por multiprofissionais da Secis, irá revisitar o primeiro Inventário de Gases de Efeito Estufa de Salvador, produzido em 2014, que foi atualizado diante da elaboração do o Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC), gerando resultados de cálculos referentes aos anos de 2014 a 2018. “Agora, em 2022, celebramos o lançamento dos trabalhos de um novo inventário para cidade. Este produto é um instrumento que tem como objetivo permitir o mapeamento das fontes de emissão de gases de efeito estufa, conhecendo seu perfil, e que são consequências de atividades dos diferentes setores; busca também contabilizar as suas respectivas emissões ou remoções; e identificar os avanços e necessidades de ações mais efetivas por parte da gestão climática municipal”, explana Marcelle.

A gestora destaca que, frente a esses desafios e com o interesse em promover o desenvolvimento sustentável, a cidade de Salvador se coloca na vanguarda desse tema de extrema importância, e para isso, tem como objeto norteador o PMAMC. “Este plano tem como objetivo geral guiar a cidade em sua gestão climática, a partir de uma base técnica e uma proposta de alicerce legal, capaz de apoiar seus compromissos e criar instrumentos jurídicos que darão suporte às ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima”, explica a gestora.

Dentre os setores de análise que compõem o inventário, o de transportes se qualifica como um dos grandes poluentes e emissores dos gases de efeito estufa a nível global e local. Diante desse fato, a Prefeitura de Salvador trabalha em parcerias concretas que, de maneira eficaz, permitam a cidade a promover a mitigação na emissão desses gases. 

Desafios e metas do PMAMC

As Mudanças do Clima são um dos principais e mais complexos desafios da atualidade e do nosso futuro, trazendo eventos extremos, como aumento das temperaturas, aumento do nível do mar, proliferação de vetores, secas prolongadas, grandes tempestades e perda de biodiversidade, tornando-os cada vez mais frequentes. É uma pauta que demanda ações coordenadas em escala local e global com efeitos substantivos e geograficamente heterogêneos, nos âmbitos ambiental, social e econômico. 

Nesse sentido, o PMAMC estipula como algumas de suas metas, neutralizar as emissões de Gases de Efeito Estufa até 2049, (ano em que Salvador completa 500 anos), encorajar práticas sustentáveis nos setores público e privado, compartilhar tecnologia e informação, e promover a justiça climática e resiliência nas diversas iniciativas, programas e projetos do município. A obtenção de resultados como o aumento da expectativa e qualidade de vida da população, a ampliação de áreas urbanas verdes, a redução das disparidades socioeconômicas e taxa de pobreza, contribuem também para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, inerentes ao plano.

Recentemente, Salvador iniciou a operação assistida de seu primeiro corredor BRT com parte da frota composta por ônibus elétricos, tornando-se uma das cinco cidades brasileiras a contar com o apoio da TUMI E-Bus Mission, no que diz respeito a implementação de ônibus elétricos para o sistema viário. Neste âmbito, o WRI Brasil tem apoiado tecnicamente Salvador para a eletrificação do transporte coletivo por ônibus desde 2021, e a previsão é de que, ao longo dos próximos meses, outros sete passem a circular pela cidade. 

Dentro deste escopo, outras metas como: eletrificar 30% da frota até 2024; descarbonizá-la em 40% até 2032; e alcançar 100% operando com energia limpa em 2049; são propostas no Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima da cidade.

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