Secis promove oficina de hortas urbanas comerciais em Salvador
A Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) promove a oficina participativa “Implantação e Gestão de Hortas Urbanas Comerciais em Salvador” até esta quarta-feira (14). O evento, que acontece das 9h às 16h30 em diversas localidades, é o primeiro passo para o início do funcionamento dessas hortas na capital.
A iniciativa faz parte do Programa de Agroecologia Urbana de Salvador, incentivando o fortalecimento de feiras agroeconológicas e a produção com selo local, além da adoção da prática de compostagem em larga escala. A oficina já passou pelo Lar Fabiano de Cristo, em Coutos; nesta terça-feira (13), contempla a Vila Anaiti, no Imbuí; e amanhã segue para o Terreiro Ilê Axé Ewa Omin, em Cassange. Todos esses locais serão beneficiados com a horta comercial.
O interessado terá que comprovar a capacitação para manejo da horta. Até o momento, três turmas de agroecologia urbana já foram formadas pela Secis e vão poder atuar. A pasta vai acompanhar todo o processo de adesão para monitorar se a iniciativa será expandida para os demais bairros da capital baiana.
Para a secretária Marcelle Moraes, o envolvimento das comunidades, onde houver implantação da horta, é fundamental para manter o projeto a todo vapor. “A capital baiana avança mais uma vez na agenda ambiental, como em poucas capitais do país preocupadas a promover essa iniciativa de cunho sustentável. Com a horta teremos menos emissão de gases no espaço e mais qualidade de vida, com alimentos saudáveis chegando na mesa dos soteropolitanos, além de promover mais uma forma de sustento para inúmeras famílias, combatendo assim a insegurança alimentar. Esse tipo de atividade é muito comum no interior e, agora, podemos ter essa forma de economia solidária também em grandes cidades”, explica.
Dados – Em Salvador, 40,9% das famílias vivenciam algum nível de insegurança alimentar, segundo a Universidade Federal da Bahia (Ufba) conduzida entre os anos de 2018 e 2020. No último ano, o projeto QUALISalvador, que norteia o novo estudo da instituição federal, apontou que 7,9% das famílias da capital sofrem com insegurança alimentar severa — quando falta comida na mesa, segundo a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar.
Além disso, 23,7% vivem em situação de insegurança alimentar leve, quando existe incerteza sobre a capacidade para conseguir alimentos. Outras 9,3% das famílias enfrentam a insegurança moderada, quando alguma das refeições não é realizada.