Suspeito de matar universitária no Costa Azul queimou roupa após crime
FONTE: IBAHIA
O silêncio de Gilmário Alves do Nascimento, 20 anos, acusado de assassinar com um tiro a universitária Marianna Oliveira Teles, 22, no sábado (29), em uma rua do Costa Azul, foi mantido, ontem, apenas durante a sua apresentação à imprensa. No trajeto entre o Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde estava preso desde a véspera, junto com outros três acusados de participação no crime e a sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no CAB, Gilmário confessou o crime e informou que gostaria de se desculpar pelo ocorrido. “Me arrependo e quero pedir desculpas à família”, relatou, segundo os policiais que o escoltavam.
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Conhecido como Novato, Gilmário atirou em Marianna de forma fatal, no pescoço, quando ela tentou fugir de um assalto, ao chegar para visitar o namorado na Rua Coronel Durval Mattos. Questionado sobre o motivo de ter apertado o gatilho de um revólver calibre 38, ele respondeu que estava sob efeito de crack. “Eu tava usando pedra. Tava com droga no juízo”, justificou, antes de ser posto de volta numa viatura, ontem. |
Apesar da confissão do Novato, outras três pessoas apresentadas pela polícia negaram participação no crime. São eles: Jackson Leones Almeida Carneiro, 20 anos, Fábio dos Santos, conhecido como Bibi, 25, e Marcos dos Santos Ferreira, 24. Um adolescente de 13 anos, que também é acusado de participação no latrocínio, foi apreendido e encaminhado à Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). Ele seria o motorista do “bonde” no dia da morte da universitária.
Segundo a polícia, todos os presos faziam parte de uma quadrilha envolvida em roubos de veículos e tráfico de drogas da comunidade Santa Rosa de Lima, mais conhecida como Inferninho, que fica entre os bairros do Costa Azul e Boca do Rio. De acordo com as investigações, o alvo do grupo era o carro que Marianna dirigia, quando chegou ao edifício Edifício Costa Brava. O veículo seria levado para um desmanche em Feira de Santana, no Centro Norte do estado, onde seria negociado por cerca de R$ 1.500.Ontem, uma operação das polícias Civil e Militar foi realizada no Inferninho e em Pernambués, onde o veículo usado pela quadrilha para chegar ao local do crime estaria. O objetivo era achar o carro modelo Citröen e a arma usada no crime. |
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Funções
Gilmário e os comparsas foram presos durante outra operação policial, no Inferninho, na madrugada de terça-feira. O atirador já havia sido preso em 11 de dezembro do ano passado por tráfico de drogas, na mesma localidade, e, segundo a polícia, já colecionava, até então, oito passagens pelo mesmo crime.
Após ser preso em dezembro, Novato havia recebido alvará de soltura no dia 4 do mês passado, apenas três semanas antes de matar a estudante de Medicina.
No bando, Jackson era o responsável por levar os carros roubados para Feira de Santana - ele já foi preso por porte ilegal de arma e homicídio. Já Fábio dos Santos, que não tinha passagem pela polícia, teria convidado Gilmário para praticar o assalto no Costa Azul. O adolescente, por sua vez, dirigia o Citröen, tomado de assalto dias antes e que até agora não foi localizado. Apenas Marcos dos Santos Ferreira não participou diretamente do crime. Também sem passagem, ele seria o responsável por guardar armas do bando.