QUEM VAI SER O ADVERSÁRIO DE BRUNO REIS NA DISPUTA PELA PREFEITURA DE SALVADOR?
O prefeito Bruno Reis é candidato à reeleição e isso ninguém discute. Seu partido, o União Brasil, já fechou questão e a dúvida nesse campo se restringe à escolha do candidato a vice. Há dúvidas se o PDT, que indicou o candidato a vice de Bruno, permanecerá na mesma posição ou se outro partido, como, por exemplo, o PSDB, que hoje tem entre os seus filiados o Presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz, vai pleitear a vaga. Além disso, caso isso se concretize a permanência do PDT na composição, ainda não se sabe se a atual vice-prefeita, Ana Paula Matos, permanecerá compondo a chapa ou se será escolhido outro quadro do partido, como, por exemplo, o deputado federal Leo Prates. De todo modo, a candidatura de Bruno Reis é fato consumado e, mesmo que ele diga que só fala em reeleição em 2024, tudo na prefeitura obedece a este objetivo.
No campo da oposição ocorre exatamente o contrário. Não se sabe ainda, se a oposição vai sair com apenas um candidato representando sua coalizão ou se vai adotar a malfadada estratégia de sair com vários candidatos, o que, convenhamos, já se mostrou um equívoco nas três últimas eleições municipais. Seja qual for a estratégia, os candidatos da oposição já estão a postos e já ostentam apoios políticos e argumentos favoráveis à sua pretensão.
O PT, por exemplo, ou pelo menos seu diretório municipal, quer que o partido tenha candidato próprio e já indicou três nomes que podem representar a legenda na disputa pela Prefeitura de Salvador. São eles: o deputado estadual Robinson Almeida, a socióloga Vilma Reis e a presidente da Funarte, Maria Marighella. Todos sabem que o diretório municipal não tem cacife para indicar o candidato, a não ser que uma das lideranças políticas do partido, Jaques Wagner, Rui Costa ou Jerônimo Rodrigues, assuma a candidatura, o que parece longe de acontecer. Pelo contrário, o Chefe da Casa Civil do governo Lula, Rui Costa, não esconde de ninguém que sua preferência recai sobre o atual presidente da Conder, o ex-vereador José Trindade, que é do PSB, mas não teria nenhuma dificuldade para mudar de partido transferindo-se para o PT. O governador Jerônimo Rodrigues parece ter também simpatia pela candidatura de Trindade e, ainda que não tenha se manifestado oficialmente, tende a acompanhar o ex-governador Rui Costa. E o senador Jaques Wagner até o momento não se manifestou.
Outra possibilidade, embora muito mais remota, já que não é uma praxe do PT, seria o partido apoiar a candidatura de um dos partidos da base como, por exemplo, o MDB que tem o vice-governador Geraldo Jr. como postulante declarado, mas sempre ressalvando que busca a “unidade do grupo político”. Ora, os líderes do MDB afirmam que a adesão do partido, e de Geraldo Jr., foi fundamental para a eleição de Jerônimo Rodrigues, pois fraturou a base política de ACM Neto. Não se sabe exatamente qual o peso de Geraldo Jr. na eleição majoritária de 2022, mas não há dúvida que, por enquanto, ele é o nome eleitoralmente mais forte para enfrentar Bruno Reis, até porque veio das entranhas da base política municipal.
Ora, dito isso, o cenário que se apresenta é de total indefinição. Isso porque, os três nomes apresentados pelo diretório municipal, desconhecidos ou quase do eleitorado, parecem ter poucas chances de em pouco mais de um ano tornarem-se opções viáveis de vitória. O nome de José Trindade tem mais possibilidades de tornar-se competitivo, mas ainda assim teria que cair em campo imediatamente. Por outro lado, levando-se em conta o DNA do PT, dificilmente o partido e suas lideranças apoiarão a candidatura de Geraldo Jr., o que deixa uma avenida de especulações que vão desde uma candidatura própria do MDB e do vice-governador a uma composição que demandaria uma participação muito maior doS emedebistas no governo de Jerônimo Rodrigues. E cabe ainda falar do PSD de Otto Alencar, mas aí a análise ficaria muito longa.
Nesse cenário ainda indefinido, cabe lembrar dois aspectos. O primeiro é que o Presidente Lula é uma liderança muito forte e, se seu governo deslanchar, pode impulsionar o candidato do PT, mas nunca será igual ao que aconteceu no Estado, não só porque as eleições municipais têm características locais, como também porque na capital quem faz o papel das prefeitura municipais são as prefeituras de bairro e elas estão do lado de Bruno Reis. O segundo aspecto é que estamos começando o segundo semestre e não há um sinal sequer de que a oposição vá escolher nos próximos meses o nome do seu candidato, o que significa que tudo pode ficar para o ano que vem, talvez depois do carnaval. E aí Bruno Reis vai estar bem na frente na maratona. (EP – 10/07/2023)
Fonte: Bahia Econômica
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