Robyssão será candidato a vereador pelo DEM em 2016: ‘fazer a minha parte e mudar algo’
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FONTE: BAHIA NOTÍCIAS
Sobre a ideia de se candidatar, Robson conta que partiu dele mesmo, após um período de visitas a comunidades e percepção da realidade dos adolescentes da cidade. “Tive muitos amigos que tiveram suas vidas ceifadas por causa das drogas. Conversando com alguns, principalmente os mais novos, os adolescentes, todos têm a mesma resposta. Eu pergunto: ‘porra, por que você tá aqui velho? Por que você não sai?’ Já cansei de levar livros e o pessoal rir dizendo, ‘Peraê, Robyssão, você canta suas baixarias e vem trazer livro pra cá?’. As pessoas não entendem”, conta ele, desapontado ao acrescentar que "tentou muito" mudar e levar informação para os jovens. “As pessoas não conseguem interpretar de forma correta as coisas. ‘Olha só, Robyssão é empresário, um músico profissional. Esse cara que tá perto de você é alguém que quer te ajudar. Que não quer ver o seu futuro igual ao que eu vejo por aí, presas ou mortas por causa do tráfico. Gostaria muito que você pudesse ler’, digo.
Sei que as pessoas pegam depois queimam, jogam fora. Elas não gostam muito de ler, não gostam. Insistentemente, eu fui em vários lugares, onde o tráfico de drogas impera, principalmente no lugar que eu cresci, que é Cajazeiras, e encontrei vários jovens e adolescentes que estão neste mundo e quase todos me deram a mesma resposta: ‘Eu tô aqui arriscando minha vida porque eu não vou trabalhar pra ser escravo dos outros. Trabalhar em mercadinho empacotando as coisas dos outros, limpando chão. Não quero isso pra mim’, me dizem.
Não tenho nada contra as profissões de empacotador, varredor, limpador – todas elas são dignas. Até a profissão de prostituta eu acho que é digna. Mas essas pessoas que estão no tráfico não querem isso, porque não veem que vale a pena. Elas não vão fazer um curso superior, querem um curso técnico que possa garantir sua estabilidade financeira”, conta ele enfatizando sua preocupação com os jovens. Em 2013, o Bailão do Robyssão gravou a música ‘Diga não às drogas’, que fala exatamente da batalha do adolescente contra o uso de entorpecentes e domínio do tráfico nas comunidades. Ao fim, o cantor, que nasceu no Rio de Janeiro, destaca que sua candidatura em nada tem a ver com ambições financeiras. “Eu sou empresário, tenho loja de carros, imóveis, minha banda. Eu não dependo de política, nem quero depender. É uma forma de tentar fazer acontecer alguma coisa em relação a tirar os jovens desse caminho. Eu conseguir tirar todos? Nunca. Mas qualquer parte eu já vou ficar muito satisfeito em ver que eu fiz algo e contribui para a sociedade”, finaliza.
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