Transição convoca reunião após cortes no MEC ameaçarem atendimento em hospitais universitários
Integrantes do grupo de trabalho de Saúde e Educação do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiram se reunir para traçar estratégias caso os cortes no Ministério da Educação (MEC) paralisem os serviços nos hospitais universitários federais. Ao todo, 30 unidades do tipo estão espalhados pelo país, sem contar os das universidades estaduais. Juntos, os hospitais contam com ao menos 14 mil médicos residentes bolsistas.
Segundo integrantes do grupo de transição, o MEC repassou informações de que não há previsão orçamentária para o pagamento desses profissionais de saúde em dezembro, o que pode levar à paralisação dos serviços prestados.
"A situação é muito crítica. Uma preocupação imensa, que pode desencadear no Sistema Único de Saúde", afirmou o ex-ministro Arthur Chioro, coordenador do GT de Saúde.
Já membros do GT da Educação disseram que o assunto foi debatido nesta segunda-feira (5), em reunião de representantes do governo Lula com o atual titular da pasta, Victor Godoy. Há ainda uma preocupação com o orçamento da área para 2023.
Nesta quarta-feira (7), os grupos de trabalho da Saúde e Educação do gabinete de transição irão debater o assunto.
Entenda os cortes no MEC
No fim de novembro, o Ministério da Educação anunciou que teve cerca de R$ 1,4 bilhão da pasta bloqueados pelo Ministério da Economia. A expectativa é que ao menos R$ 350 milhões sejam cortados das universidades e institutos federais.
De acordo com a Economia, o contingenciamento se deu para que o governo pudesse pagar R$ 2,3 bilhões a mais da Previdência Social e depois da suspensão da Medida Provisória que adiava para 2023 o repasse de R$ 3,8 bilhões de ajudas para o setor cultural da Lei Aldir Blanc.
* Com informações da CNN Brasil & Muita Informação