Com força-tarefa em ilhas e bairros, Salvador avança no combate às arboviroses

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) da Prefeitura de Salvador promoveu nesta sexta-feira (13) o “Dia D Contra a Dengue” em toda a capital, incluindo ações intensivas nas ilhas que pertencem à cidade. A mobilização envolveu equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e agentes de endemias em uma força-tarefa para combater o Aedes aegypti e outros vetores de arboviroses.

De acordo com Isolina Miguez, coordenadora do CCZ, o Dia D foi estruturado para atender áreas com denúncias recorrentes sobre a presença de mosquitos, incluindo o Culex, conhecido popularmente como muriçoca. Em Paramana, localidade situada na Ilha dos Frades, por exemplo, essa era a grande reclamação dos seus moradores.

“Estivemos em Paramana e Costa de Fora, também na Ilha dos Frades, realizando inspeções em imóveis, distribuindo panfletos e promovendo conscientização da população. A ação foi estendida a todos os 12 distritos sanitários de Salvador, com atividades intensificadas nos locais identificados pelos supervisores de campo como críticos”, explicou a coordenadora.

A programação do Dia D incluiu visitas domiciliares para eliminação de criadouros, tratamento com larvicidas, bloqueio da transmissão de casos e atividades educativas em escolas, praças e unidades de saúde. Também foram realizadas caminhadas de conscientização e mutirões em bairros como Itapuã, Cabula, Boca do Rio, Liberdade e Centro Histórico.

Ainda conforme a coordenadora, apesar das reclamações sobre mosquitos nas ilhas, os focos continuam sendo relacionados ao armazenamento inadequado de água, que ocorre tanto nessas localidades quanto em outras áreas da capital baiana.

“O que a gente faz, como parte da vigilância em saúde, é realizar a vigilância entomológica. Isso significa que visitamos essas localidades periodicamente, dentro dos ciclos de visita domiciliar, que acontecem seis vezes por ano, ou seja, a cada dois meses […] Por lá, eu diria que a maior quantidade de criadouros continua sendo nos reservatórios de água ao nível do solo. Isso também acontece nas ilhas, porque, em algum momento do dia, a população precisa armazenar água para consumo. E é nesse armazenamento que ocorre o problema da formação dos criadouros de mosquitos”, explica.

Dados da Vigilância Epidemiológica (VIEP) apontam que cerca de 75% dos criadouros do Aedes aegypti estão dentro das residências. Por isso, a participação da população é essencial, como destacou a coordenadora do CCZ. Isolina enfatiza a importância de eliminar ou tratar qualquer recipiente que possa acumular água, pois esses locais são ideais para a reprodução de mosquitos, especialmente o Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

“Por exemplo, aquele pote de sorvete que você jogou na rua pode virar um criadouro, assim como uma garrafinha de água que você bebeu e descartou destampada, ou aquele prato que você coloca debaixo das plantas para armazenar água. Tudo isso poderá se transformar em um criadouro. A principal dica que damos é: se você perceber que um recipiente está armazenando água e pode se tornar um criadouro, ele precisa ser eliminado. Se for possível eliminá-lo, deve ser descartado”, orienta.

Com cerca de 1,4 mil agentes de endemias em campo ajudando no combate aos mosquitos, a SMS espera reduzir ainda mais os casos de arboviroses. Entre janeiro e novembro deste ano, foram registrados cerca de 1,7 mil casos de dengue em Salvador, uma redução de 77% em relação ao mesmo período do ano passado. A população também pode contribuir denunciando focos do mosquito pelo telefone 156, serviço que aciona o CCZ para inspeções e ações educativas.

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