Pesquisa revela que chocolate amargo com 85% de cacau é benefício a saúde
A pesquisa mostra que o chocolate amargo traz benefícios a pacientes que sofrem de doenças cardíacas.
O vice-presidente da Socerj, Ricardo Mourilhe, disse que a notícia “é animadora”. Embora a pesquisa esteja ainda em fase inicial, com uma quantidade de pacientes reduzida, ela “abre a perspectiva de novos estudos futuros”, disse.
Segundo Mourilhe, o estudo foi feito em pacientes que estiveram internados entre outubro e dezembro de 2013 no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, ligado à Universidade Federal do estado (UFSC), e demonstra que o chocolate amargo pode trazer efeito benéfico em relação à vasodilatação, similar ao efeito dos medicamentos usados pelos cardiologistas em doentes cardiopatas.
Isso ocorre em função de um composto químico existente no cacau, chamado flavonoide, presente também em alguns vinhos, que tem ação anti-inflamatória e antioxidante e, em consequência, tem potencial de ação vasodilatadora.
“Os vasodilatadores são medicamentos que a gente usa normalmente em indivíduos com alguma cardiopatia. Então, se você tem uma substância que pode causar esse benefício, uma forma de transformar o efeito benéfico dessa substância em um medicamento seria produzir essa substância em forma de comprimido e não necessariamente o chocolate, porque ele tem outras substâncias que aumentam o peso”, disse.
O efeito antiinflamatório e antioxidante é semelhante ao efeito dos medicamentos para colesterol, que são as estatinas. Com isso, diminuiria o colesterol ruim e aumentaria o colesterol bom dos pacientes. “Seria outro efeito benéfico da substância [presente no chocolate amargo]. Por isso, é tão relevante essa descrição, porque abre um leque de oportunidades de desenvolvimento de novos produtos”.
A pesquisa analisou o consumo diário, pelos pacientes estudados, de 100 gramas de chocolate amargo com 85% de cacau, “ou seja, é bastante concentrada a questão do flavonoide”. Mourilhe observou que quando se identifica algum produto alimentar que tem uma substância positiva para o organismo humano, as etapas seguintes em um processo de pesquisa consistem em transformar essa substância em medicamento, excluindo os malefícios de outras substâncias misturadas.
O grupo que iniciou a pesquisa deve dar sequência aos estudos, mas Mourilhe não descarta a possibilidade de equipes de outros centros interessados participarem do processo. Segundo o vice-presidente da Socerj, a indústria farmacêutica poderia desenvolver esse medicamento.
A revista da Socerj recebe artigos de todo o Brasil e de alguns países estrangeiros, como Portugal, Colômbia, Venezuela. Ela tem tiragem de 4 mil exemplares e é indexada no Index Medicus Latino-Americano (Lilacs).
Outras notícias

Fiação de poste pega fogo, destrói carro e deixa moradores de Sete de Abril sem energia
06 de Maio de 2025

Chuva intensa em Salvador aciona sirenes e supera média histórica de maio; veja bairros mais afetadas
06 de Maio de 2025

Debate Público discute regulamentação da profissão de motoristas por aplicativo em Lauro de Freitas
05 de Maio de 2025

JeroHitler: Samuel Jr. afirma que fala de governador sobre 'bolsonaristas na vala' é idêntica a práticas nazistas
05 de Maio de 2025

Governo Federal define medidas de auxílio emergencial para produtores rurais de Irecê (BA)
30 de Abril de 2025Deputado Leo Prates e demais integrantes da bancada baiana participaram da audiência com o ministro Carlos Fávaro

Do amor à indecisão 09 de Março de 2018

TSE mantém multa contra campanha de Bolsonaro por fake news 21 de Junho de 2023

Advogado de Lula pede que juiz reconsidere acesso a sistema da Odebrecht 05 de Setembro de 2019

Especialista defende secretário de Cultura de Salvador e questiona fãs de Claudia Leitte sobre postura racista 18 de Dezembro de 2024
