2 de Julho: soteropolitanos e turistas mantém tradição de celebrar a luta pela Independência

Nesta terça-feira (2), soteropolitanos e turistas se reuniram em grande número para celebrar os 201 anos da Independência do Brasil na Bahia. Desde as primeiras horas da manhã, a população começou a se concentrar no Largo da Lapinha, ponto de partida dos festejos. O tradicional cortejo seguiu pelas ruas de Salvador, com uma multidão acompanhando todo o percurso.

Os moradores do entorno, como de costume, enfeitaram suas casas para a ocasião. "Desde 2013, decoro a fachada da minha casa em celebração ao 2 de Julho. Antes, quando meu marido era vivo, ele não aceitava que eu enfeitasse a casa, ficava dizendo que eu parecia maluca arrancando folhas e tal”, recordou Marisa Menezes Oliveira, de 65 anos.

“É uma emoção muito grande quando vejo pessoas tirando fotos da minha casa. Essa festa, para mim, é uma coisa maravilhosa. Antes, nós estudávamos e sabíamos o significado da Independência do Brasil na Bahia. Então, hoje, poder passar esses ensinamentos para meus netos é maravilhoso, é uma emoção muito grande. O planejamento da decoração é sempre no estalo do momento. Este ano resolvi destacar um coração grande, simbolizando a festa. Tudo foi feito no meu quintal”, acrescentou dona Marisa.

Vencedora por diversos anos consecutivos do tradicional concurso de fachadas da Prefeitura de Salvador, Maria São Pedro, que completou 84 anos neste dia de celebração, também falou sobre sua dedicação ao evento. "Há 30 anos, decoro a fachada da minha casa. Essa data é muito importante. Ficamos entusiasmados. É tudo muito bonito. A decoração do ano seguinte começa a ser pensada já no dia seguinte. Os personagens são todos parentes: filhos e netos, todos participam. Eu amo o 2 de Julho”, resumiu.

O cortejo também contou com a participação de veteranos que, há décadas, contribuem para a tradição. Pedro Raimundo das Virgens, de 74 anos, é um deles. "Estou há 40 anos no Batalhão Quebra-Ferro. Me sinto grato, emocionado e vibrante por poder participar do 2 de Julho coordenando o batalhão. Quando chegamos na avenida, chega a arrepiar, parecendo que somos combatentes que brigaram pela Bahia e pela nossa Pátria. Não tem preço”, descreveu.

Caboclo mestre da Associação Cultural os Guaranis de Itaparica, Hildo Peixoto expressou seu orgulho em estar presente na festividade. "Participo todo ano dessa festa bonita, que é a festa da Independência do Brasil na Bahia. É com muito orgulho que estou aqui, com 73 anos de idade, participando com a Associação”.

Programação vespertina – A celebração do 2 de Julho em Salvador é um momento de grande importância histórica e cultural, reunindo pessoas de todas as idades para homenagear a luta pela independência e fortalecer o sentimento de pertencimento à história da Bahia e do Brasil. Confira a programação da tarde:

12h às 17h - Culinária Musical no 2 de Julho - Casa do Benin (Pelourinho).

13h – Concentração do Cortejo Cívico (Praça Municipal).

13h30 – Início do Desfile Cívico com participação dos Caboclos de Itaparica, Museu Vivo na Cidade, Fanfarras Municipais e Estaduais. Breve parada em frente ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

14h – 2º Festival de Fanfarras e Balizas, na Avenida Sete de Setembro.

15h – Cerimônia Cívica no 2º Distrito Naval (Comércio).

16h – Cerimônias Cívicas no Campo Grande: Chegada dos Carros dos Caboclos; hasteamento das Bandeiras por Autoridades; execução do hino nacional pelas Bandas de Música da Marinha, Exército e Aeronáutica; colocação de coroas de flores no Monumento ao 2 de Julho pelas autoridades presentes; acendimento da pira do Fogo Simbólico pela paratleta cega Iracema Vilaronga; execução do Hino ao 2 de Julho: Coral da PM/BA com acompanhamento da Banda de Música Wanderley da Polícia Militar da Bahia.

17h30 às 21h30 – Encontro de Filarmônicas com Maestro Fred Dantas - participação da Banda de Música da Guarda Municipal, Filarmônica Ambiental de Camaçari, Filarmônica Ribeirinhos do Vale do São Francisco (Xique-Xique), Filarmônica Lyra Ceciliana (Cachoeira), Filarmônica Guerreiros do Sol (Dias D’Ávila) e Oficina de Frevos e Dobrados.

Fotos: Bruno Concha/Secom PMS

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