Festival Omodê Agbara eleva autoestima de crianças através da dança afro
A Casa Cultural Reggae, no Santo Antônio Além do Carmo, recebe o Festival Omodé Agbara a partir das 18h do próximo sábado (3). Vinte crianças vão se apresentar após três meses de formação e vivência em Dança Afro sob a supervisão da bailarina Gisele Santos, Deusa do Ébano 2017 pelo Ilê Aiyê e idealizadora do festival infantil.
A ideia do projeto é trazer a vivência dos concursos dos blocos afro, tendo como referência a Noite da Beleza Negra do Ilê Aiyê e a escolha do rei e rainha do Malezinho. “O Festival Omodê Agbara é fundamental, porque trabalha com o empoderamento da autoestima de crianças negras e com a quebra do silenciamento histórico imposto aos nossos jovens, além de ferramentalizar as crianças à dança afro e instruí-las ao consumo e valorização da cultura advinda dos blocos afro, que são alicerce da música negra baiana”, conta Gisele.
O primeiro, segundo e terceiro lugar no concurso receberão prêmios no valor de R$1,5 mil, R$1 mil e R$500 respectivamente. Além disso, todas as crianças receberão uma premiação de participação e certificado.
Em sua segunda edição, o projeto Festival Omodê Agbara teve um período de três meses de formação no qual foram realizados 18 encontros proporcionando a vivência em dança afro; oficina de dança com o professor de coreografia Bruno de Jesus; oficina com a rainha do Malê Debalê, Carol Xavier, e de preparação cênica com o Poeta com P de Preto. Os encontros foram realizados em espaços culturais do Centro Histórico, a exemplo do Centro Cultural Makota Valdina e da Casa Cultural SoMovimento.
Turbancista, trancista, dançarina, atriz e líder religiosa, Valdemira Telma de Jesus Sacramento, mas conhecida como Negra Jhô, assina a estética das crianças para o Festival Omedê Agbara. Ela também ministrará oficina de estética afro.
O evento vai contar com a performance de alguns artistas e convidados, a exemplo de Valter Ouro, que será o regente da Banda Omodê Agbara ao lado de Aisha Araújo e Carla Lis; da poetisa Duda Santhana; da multiartista e rainha do bloco afro Ibeji, Ayomí Zuhri; da banda Meninos da Rocinha do Pelô, sob regência da Maestrina da Favela, Elem Silva; e da participação da Avatar Cia de Teatro.
Territórios Criativos – O projeto Festival Omodê Agbara foi contemplado pelo edital Territórios Criativos, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos (FGM), vinculada à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), e da Lei Paulo Gustavo, viabilizados pelo Ministério da Cultura.
Para Gisele, foi uma honra poder ter acesso ao edital Territórios Criativos da FGM. “O edital possibilitou a descentralização dos recursos públicos, fazendo fluir a outros públicos historicamente desassistidos da produção cultural, que são as crianças negras, a realização de um sonho. O nosso festival já tinha ocorrido de maneira independente e sem recursos durante a pandemia e foi muito grandioso. Agora, com um financiamento para isso, ampliamos muito mais as nossas ações, evitando a evasão das alunas e concluindo as atividades com esse festival belíssimo em que as nossas crianças irão mostrar o que aprenderam”, avalia a idealizadora.
Reportagem: Priscila Machado/Secom PMS
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