Baianos reclamam após uma semana de greve dos bancos: 'afeta demais'
13/10/2015 12h19 - Atualizado em 13/10/2015 12h33
Baianos reclamam após uma semana de greve dos bancos: 'afeta demais'
G1 percorreu agências bancárias na manhã desta terça-feira, em Salvador.
Clientes usam Casas Lotéricas como meio alternativo para pagar contas.
Cássia BandeiraDo G1 BA
Há uma semana em que a greve dos bancários, na Bahia, foi deflagrada acompanhando o movimento nacional, Solange Batista dos Reis, desempregada há seis meses, está preocupada com a liberação do FGTS, já que o benefício dela só poderá ser disponibilizado a partir de uma transação realizada diretamente no caixa. "Muito complicado. Preciso sacar meu FGTS e só posso sacar lá dentro. Não sei mais o que faço", reclamou. O G1 percorreu unidades bancárias da capital baiana na manhã desta terça-feira (13).
A greve afeta, ao todo, 891 agências no estado, segundo informações do sindicato da categoria. Em Salvador, 189 unidades pararam as atividades. Já no interior, o número de bancos fechados é de 702. Nesta terça-feira, às 18h, ocorrerá uma nova assembleia da categoria, no Ginásio de Esportes, ladeira dos Aflitos, para avaliar o movimento.
Segundo Solange Batista, a chave de liberação para o saque do benefício tem um prazo. A depender de quanto tempo a greve se estenda, ela terá que recorrer ao ex-chefe. "Um transtorno só de pensar que a chave pode perder a validade. Se isso acontecer, vou ter que falar com meu ex-chefe para ele movimentar o FGTS na conta e gerar outra senha. Se isso acontecer, depois de gerar a chave, ainda vou ter que esperar mais oito dias. Preciso do meu dinheiro e dar entrada no meu seguro-desemprego", relatou ao G1.
Para Antônio da Silva, assistente social, o limite para saque nos terminais de autoatendimento tem prejudicado. "Afeta demais a nós que precisamos pagar nossos débitos. Já não basta a greve lá dentro. Nos caixas, quando queremos retirar uma quantia maior, não podemos. Minhas contas já estão vencidas. Nós clientes somos prejudicados todos os anos com essa greve", disse.
Da mesma forma, Adelino Modesto, aposentado, de 67 anos, reclama da dificuldade que enfrenta por conta do limite diário de saque disponível. "Tenho minhas dificuldades por causa da minha idade e tenho que voltar aqui mais de duas vezes para sacar a quantia certa pagar minhas contas. Eles liberam só uma quantia pequena e isso prejudica", conta.
Fonte: G1/Bahia