Uefs terá paralisação de 24 horas no próximo dia 9
Durante assembleia geral universitária realizada na tarde de quinta-feira (3), estudantes, professores e servidores discutiram a crise na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). A assembleia ocorreu na área do campus universitário e contou com a participação de cerca de 800 pessoas. O coordenador da Associação dos Docentes (ADUFS), Elson Moura, fez uma avaliação do evento.
“Acho que já saímos daqui vitoriosos por ser uma assembleia histórica. Tivemos quase 800 pessoas, o que é difícil de acontecer. Batemos todos os quóruns das categorias pra discutir coletivamente e politizando o debate sobre a crise orçamentária. Fora isso, tivemos encaminhamentos de compor lutas unificadas, tanto encaminhamentos internos, como externos”, informou.
Segundo Elson, o principal encaminhamento é compor junto com os demais servidores públicos do estado da Bahia a paralisação na próxima quarta-feira (9), que, de acordo com ele, foi aprovada pela Federação dos Trabalhadores do Serviço Público no intuito de barrar os projetos de leis que já foram aprovados e que atacam os direitos dos servidores públicos. A paralisação é de apenas um dia.
“Também aprovamos uma nova GU para março do ano que vem, aprovamos um documento para encaminhar a reitoria para dizer que diante dessa crise não deve mexer na política de permanência estudantil, entre outras coisas. A grande lição que fica nesse momento é que conseguimos superar as dificuldades de construir uma luta unificada e tirar encaminhamentos unificados”, afirmou.
O coordenador da Adufs ainda falou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (Pec) que vai fazer uma modificação na estabilidade econômica do servidor. Segundo ele, os servidores estão muito preocupados.
De acordo com Elson, a ideia da paralisação na próxima quarta é lutar contra o projeto que altera o direito a estabilidade após 10 anos no cargo, passando para 15 anos. Além de modificar a média para tirar qual seria o vencimento dessa estabilidade, que sai de mais 2 anos para mais de 8 anos.
“É um ponto em que o governo ataca para fazer a sua política de corte social para garantir a política rentista, então a gente sugere ao governo do PT que evite atingir a política social e atinja aqueles que já são beneficiados pelo sistema, por exemplo os banqueiros, que se beneficiam com o orçamento brasileiro na esfera federal, que gira quase que 50% do seu orçamento para pagar juros”, afirmou.