Baianos relatam mudança de hábitos para reduzir efeitos da recessão; vídeo

A rotina da assistente social Evelin Salles sofreu uma reviravolta este ano. Ela dispensou a empregada doméstica e assumiu as tarefas do lar. Passou a trabalhar mais tempo em casa, em vez de ficar no local de trabalho, para poder tomar conta do filho - o menino estava matriculado em tempo integral e passou a estudar em apenas um turno. "A educação dele sempre foi priorizada, por isso decidimos mantê-lo na mesma escola, mesmo sem o esquema de antes", explica.

O garoto trocou lanches industrializados por biscoitos e bolos caseiros feitos pela própria mãe. De acordo com ela, a mudança gerou a redução do custo da merenda. "Não tinha a conta disso antes, só vi depois de calcular todo o orçamento", afirma Evelin, que também está optando por produtos de marcas mais baratas em vez das mais caras.

O advogado Tacio Cintra deixou de adquirir produtos que comprava habitualmente, como alguns tipos de queijos e bebidas importadas."Com a alta do dólar, coisas que antes podíamos comprar tranquilamente há alguns meses agora estão inacessíveis", justifica.

Até o acarajé está sofrendo com a inflação dos alimentos. Bruno Rodrigues vende a iguaria na praia do Porto da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador. Prevê que o alimento terá reajuste em breve.

"Cada vez que a gente chega na feira, o camarão, o tomate, os ingredientes do vatapá, estão com valores diferentes", argumenta. Segundo ele, as vendas não sofreram impacto, até então, pois os turistas querem conhecer ou matar a saudade do bolinho, e os baianos também não deixam de consumir. Porém, o lucro diminuiu por causa do aumento do gás de cozinha e dos insumos.

Dona de um restaurante na região da Barra, Adriana Martins se queixa da queda do movimento. "Estamos recebendo menos turistas e até o pessoal que trabalha na região, que era cliente fiel, desapareceu. Dizem que estão fazendo marmita em casa, para economizar", conta. Adriana precisou demitir três funcionários, entre eles o que ficava no caixa. Ela mesma assumiu a função.

De modo geral, o lazer sofreu um reflexo negativo, pois as pessoas deixaram de sair. "Eu e minha esposa saíamos mais, frequentávamos restaurantes, agora optamos por programas caseiros", conta Tacio. Além dos passeios nos fins de semana, Evelin também suspendeu  viagens nos feriado. "Eu e meu marido adoramos viajar e fazíamos isso sempre que possível, só que nos últimos três feriados ficamos em casa".

 

Da Redação|Bahia25Horas

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