Justiça nega inquérito da PF que aponta inocência de brasileiros presos por tráfico internacional
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O julgamento de três velejadores brasileiros presos há sete meses em Cabo Verde, na África, sob a denúncia de tráfico internacional de drogas, entrou no quarto dia de sessão nesta quinta-feira (15), na fase das alegações finais da defesa e da acusação.
A Justiça local, na sessão de quarta-feira (14), negou o pedido da defesa para que o inquérito da Polícia Federal brasileira, que aponta a inocência dos presos, fosse incluído nos autos.
Também foi negado o pedido da defesa para que o delegado da Polícia Federal e titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, em Salvador, André Rocha Gonçalves, pudesse ser ouvido na sessão por meio de viodeoconferência.
A Polícia Federal, que disse que não iria comentar a decisão da Justiça de Cabo Verde, por se tratar de assunto que envolve a soberania do país.
A defesa tinha a expectativa de que documentos enviados pela Polícia Federal do Brasil para o julgamento comprovassem que a tripulação do veleiro não teria como saber que a droga estava no barco. Para os parentes dos velejadores, a droga foi colocada no barco sem que eles soubessem. O dono da embarcação seria um inglês, conhecido como George Fox, que está sendo procurado.
JULGAMENTO
O julgamento dos brasileiros presos com mais de uma tonelada de cocaína na África, em 2017, teve início na segunda-feira (12), em Cabo Verde, onde eles estão custodiados. No primeiro dia, foram ouvidos Rodrigo Dantas e outro velejador baiano, Daniel Guerra, além do gaúcho Daniel Dantas e um francês, que estavam na embarcação.
Eles são acusados de tráfico internacional de drogas por suspeita de terem levado a droga no veleiro que pilotavam com destino à Ilha de Açores, em Portugal.
Os familiares dos velejadores, no entanto, afirmam que eles não sabiam que a droga estava no barco e acreditam na absolvição. Para eles, os velejadores foram vítimas de uma armação. O Itamaraty está acompanhando o caso.