Janeiro Branco: Psiquiatra alerta para importância de cuidar da saúde mental
Com o objetivo de promover a conscientização e importância da Saúde Mental, janeiro é escolhido como o mês alusivo para chamar a atenção da população para a importância de manter a mente saudável. A campanha Janeiro Branco surgiu no ano de 2014 e ganhou mais visibilidade nos últimos anos, principalmente pelo aumento de casos psiquiátricos devido aos efeitos da pandemia de Covid-19.
Em Salvador, o médico psiquiatra da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Eduardo Lorens Braga, reforça que o diálogo ajuda os cidadãos a compreenderem melhor o tema. “Infelizmente ainda existe um certo preconceito por parte da sociedade acerca da temática sobre saúde mental. Muitas pessoas, por exemplo, ainda enxergam a depressão como uma ‘frescura’. Por isso essa conscientização de que a saúde mental faz parte da saúde na totalidade do indivíduo”, disse.
Alguns comportamentos, como irritabilidade frequente, nervosismo, ansiedade, tristeza excessiva e isolamento social são alguns dos alertas que podem ser considerados anormais no ponto de vista psíquico. O médico ainda ressalta o apoio familiar ou de ciclos de confiança do indivíduo como o primeiro passo para a escuta.
“Quanto mais cedo o assunto for abordado e conversado, melhor. Se a pessoa tiver alguém da família, um amigo ou alguém do seu ciclo de confiança para poder falar sobre o que está sentindo, já ajuda muito. É muito importante que esse sofrimento seja compartilhado e, a partir disso, buscar ajuda profissional”.
O especialista ainda dá dicas valiosas que ajudam na prevenção de doenças mentais. “A prevenção é muito importante na vida de qualquer pessoa. Hábitos como alimentação saudável, meditação, a prática de atividades físicas e um bom sono ajudam a prevenir futuras doenças mentais”.
Ajuda – Na capital baiana, a ponta inicial para a busca de ajuda profissional ou para tratamento está nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Inicialmente, o indivíduo pode comparecer a qualquer posto de saúde próximo de onde reside para procurar atendimento. A depender da situação ou gravidade comportamental, é encaminhado para a Rede de Atenção Psicossocial (RAP).
Em caso de surto psiquiátrico, o indivíduo precisa procurar atendimento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de referência - caso já seja acompanhado. Se o paciente não for vinculado ao Caps, a recomendação é levá-lo para o Hospital Psiquátrico Juliano Moreira (Narandiba), Centro de Saúde Mental Mário Leal (IAPI) e o 5º Centro de Saúde (Barris).