Comprar bebida no "asfalto" ou na "areia" faz diferença antes de ir à praia
Verão, solzão e altas temperaturas são ingredientes ideais para um bom dia na praia. Mas que tipo de banhista você é? Daquele que não quer se preocupar com nada ou que prepara toda a "farofa" para levar? Há espaço para esses dois grupos na orla de Salvador, mas levar o 'kit praia' pode representar uma boa economia.
Um dia antes de ir à praia, o técnico de radiologia Alan Almeida, de 41 anos, já começa os preparativos. "Vou no mercadinho e compro cerveja, refrigerante, suco, água, salame, queijo....". A lista de Alan é grande e o cooler recheado, mas ele garante que a economia vale a pena. "A cerveja está R$ 8 na Barra e a minha foi R$ 1,58".
Alan seguiu a cartilha certinho e se planejou com antecedência, mas quem não teve tempo ou não quis carregar peso até a praia, também pode economizar. Em algumas praias, basta atravessar a rua para comprar a bebida, ou nem isso, como no caso da Barra, onde há diversos estabelecimentos vendendo as bebidas e até comidas típicas da praia no calçadão.
Vendedora de uma dessas lojas, Adriana Patrícia dos Santos, de 27 anos, disse que vale a pena. Ela vende a cerveja por R$ 2,00, o refrigerante de 1 litro por R$ 3,00 e a água por R$ 2,00. Quem não tem cooller, pode alugar o isopor por R$ 4,00 e comprar gelo por R$ 2,00.
Na areia do Porto da Barra, a mesma cerveja sai por R$ 7,00, a água por R$ 3,00 e o refrigerante em lata por R$ 4,00. Pensando nisso, quando ela está de folga do outro lado do balcão, já sabe e compra sua bebida antes de ir se divertir.
E a situação não se restringe à Barra. Em Piatã, por exemplo, se o banhista atravessar a pista pode comprar a cerveja mais em conta antes de ir para praia. Em um supermercado do local, o latão sai a partir de R$ 2,89, enquanto na areia, o preço é R$ 6. Ou seja, a cada duas no supermercado, o cliente compra uma na areia. No caso do refrigerante, a economia é ainda maior. Na praia o litro sai por R$ 6, no mercado o de 2 litros é R$ 2,64.
O ambulante Ivanilton Nogueira, 22 anos, lamenta a concorrência. "Mesmo fazendo mais barato por R$ 6, muitos não compram aqui e preferem pegar no depósito", diz o jovem que é novato no ramo, trabalha na orla de Salvador desde agosto de 2016.
Com 20 anos de profissão, o ambulante Paulo da Paixão, o "Sorriso" de Piatã, tem uma válvula de escape para a queda nas vendas. "Eles costumam trazer o cooler com bebida e só querem alugar a mesa com cadeira e sombreiro. Eu preferia vender a bebida, mas eles acabam alugando o material também", diz ele que cobra R$ 10 pelo material.
Na praia da Boa Viagem, o comerciante Mateus Castro, 38, disse que não esquenta a cabeça com isso. "Eles sempre trazem de casa, mas quando a sede bate e a cerveja acaba, procuram a gente", afirma ele, que vende a cerveja latão e o refrigerante litro por R$ 5.
Para a vendedora Maria Manoela Santos, de 35 anos, o costume de levar tudo de casa é consequência da crise. Antes ela comprava na praia, mas agora já chega na areia com bebida e comida à tiracolo. "Está tudo mais caro e sem as barracas, a gente não sabe como é a higiene do alimento que é preparado. Por isso, trago tudo de casa: cerveja, água, refrigerante, geladinho, bolo, passarinha, pastel, mortadela e empanada".
A pedagoga Endaira Diniz, de 30 anos, não teve tempo para se preparar e teve que "coçar o bolso". "Tem que pagar pela comodidade. Só para sentar (cadeira e sombreiro) foi R$ 13, mas ainda tem que consumir. A cerveja latão está R$ 8, é um absurdo", disse, afirmando que aprendeu a lição e da próxima vez vai comprar antes.
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