Quatro barragens de rejeitos causam preocupação na Bahia
Quatro das 24 barragens de rejeitos de minérios existentes na Bahia possuem classificação idêntica à Barragem do Fundão, que rompeu no último dia 5, em Mariana (MG), deixando um rastro de morte e destruição por mais de 650 km, após uma lama de resíduos ser liberada com o rompimento de um reservatório. Duas delas ficam em Jacobina, no Centro-Norte do estado, e as outras duas em Santaluz, no Nordeste baiano, onde as barragens possuem dano potencial associado (DPA) considerado alto pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Apesar disso, elas não aparecem entre as 16 mais inseguras do país, segundo relatório divulgado em abril pelo próprio DNPM, e apenas uma está em plena atividade. As outras não têm sido utilizadas, mas armazenam material de rejeitos - a Barragem 01, em Jacobina, inclusive, preencheu toda a capacidade de armazenamento em 2008. Já as de Santaluz não estão ativas, segundo a Fazenda Brasileiro S/A, subsidiária da Yamana, que administra as barragens.
As quatro, assim como ocorria com a barragem do Fundão - que despejou 55 milhões de m³ cúbicos de rejeitos de minério de ferro na natureza -, também coincidem na classificação da Categoria de Risco (CRI), que é baixa. “Se o CRI for baixo, mesmo com DPA alto, a barragem não é necessariamente perigosa”, explica o chefe da Divisão de Fiscalização do DNPM, Eriberto Leite.
Da Redação|Bahia25Horas