Polícia desmente versão apresentada por major que matou esposa dentro de escola
Nesta semana, a Polícia Civil informou que não foram encontrada provas da versão apresentada pelo major do Corpo de Bombeiros que matou a esposa dentro de uma escola no bairro de Castelo Branco, em Salvador. Em depoimento, Valdiógenes alegou que matou a professora por ciúmes, pois desconfiava que estivesse sendo traído pela vítima.
O major informou que instalou um programa no celular da companheira para ter acesso as supostas mensagens românticas que estaria trocando com outra pessoa. Mas, na terça-feira (17), a polícia revelou que não encontrou nenhuma mensagem com esse conteúdo no celular da vítima.
Valdiógenes, que confessou ser o autor dos disparos, continua custodiado no Batalhão da de Choque da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, na RMS (região metropolitana de Salavdor). O caso está sendo investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção á Pessoa).
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, o major chorou bastante durante o depoimento, que durou cerca de cinco horas, e se disse arrependido. Ele estava desconfiando de uma suposta traição da esposa e, por isso, instalou um aplicativo no celular da vítima, que permitia espionar as mensagens que ela vinha trocando com o suposto amante.
De acordo com o DHPP, não foi encontrado no celular da vítima nenhuma mensagem que possa indicar a existência do relacionamento extraconjugal. A informação contradiz a versão apresentada pelo advogado de defesa do major, de que esse teria sido o motivo que levou o militar a assassinar a esposa.
A polícia tem um prazo de dez dias para concluir as investigações. Nesse período, as demais testemunhas do crime devem ser ouvidas. O inquérito deve ser encaminhado ao MP (Ministério Público).
A escola onde o crime aconteceu continua fechada. Segundo a Secretaria de Educação do Município, ainda não há previsão para o retorno das aulas.
Da Redação|Bahia25Horas