Supremo possibilitou acordo de Palocci com Polícia Federal
FOTO: REPRODUÇÃO
Em 22 de junho, dois dias depois que o Supremo Tribunal Federal autorizou delegados de polícia a fecharem acordos de delação premiada, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), homologou a colaboração do ex-ministro Antonio Palocci feita exclusivamente à Polícia Federal de Curitiba. Homem de confiança dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato – e da presidente cassada Dilma Rousseff, Palocci buscou a Polícia Federal após sua negociação com o Ministério Público Federal (MPF) não avançar. O acordo de delação premiada do ex-ministro foi revelado em abril pelo jornal O Globo. Palocci foi preso em setembro de 2016 na Operação Omertà, 35.ª da Lava Jato, e condenado a 12 anos e 2 meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na Omertà foi investigada a relação entre o ex-ministro com o comando da empreiteira Odebrecht. Segundo a PF, Palocci atuou diretamente como intermediário do grupo político do qual fazia parte perante o grupo. A discussão no Supremo sobre a possibilidade de a Polícia Federal fazer acordos de colaboração começou com a ação direta de inconstitucionalidade (ADI 5508) protocolada pelo então procurador-geral da República (PGR) Rodrigo Janot. A ação questionava dispositivos da Lei das Organizações Criminosas, que atribuem a delegados de polícia competência para propor acordos de colaboração. Por 10 a 1, a Corte decidiu, no dia 20 de junho, que delegados de polícia podem fechar acordos de colaboração premiada. Por maioria, os ministros também firmaram o entendimento de que não é obrigatório um aval do Ministério Público ao acordo fechado pela polícia. O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que atuou durante quatro anos na força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná e deixou a operação em setembro, foi critico ao acordo de delação do ex-ministros dos governos petistas feito com a Polícia Federal. Para Lima, a autorização do STF aos acordos com a polícia “deu excessivo poder ao juiz”. “Foi uma queda de braço talvez conosco, mas a porta da frente dos acordos sempre será o Ministério Público. A porta dos fundos é da PF. As pessoas irão à PF se não tiverem acordo conosco”, afirmou o procurador em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em julho.
Estadão
Outras notícias

Cardeal da Silva celebra 63 anos com grandes nomes da música neste final de semana
01 de Agosto de 2025

Servo corta trecho: Mesmo durante o recesso parlamentar, Samuel Júnior cruza a Bahia para ouvir lideranças e comunidades
01 de Agosto de 2025

Luciano Pinheiro parabeniza Lauro de Freitas e destaca importância do município para a Bahia
01 de Agosto de 2025

Guarda Municipal poderá reforçar proteção ambiental nas áreas costeiras de Salvador
31 de Julho de 2025

Parto de quadrigêmeos emociona equipe da Maternidade José Maria de Magalhães, em Salvador
29 de Julho de 2025

Do amor à indecisão 09 de Março de 2018

TSE mantém multa contra campanha de Bolsonaro por fake news 21 de Junho de 2023

Advogado de Lula pede que juiz reconsidere acesso a sistema da Odebrecht 05 de Setembro de 2019

Especialista defende secretário de Cultura de Salvador e questiona fãs de Claudia Leitte sobre postura racista 18 de Dezembro de 2024
