Samuel Júnior condena lutas femininas envolvendo trans após polêmica nas Olimpíadas: “não podemos aceitar”
O caso envolvendo a boxeadora argelina Imane Khelif durante as Olimpíadas de Paris ganhou grande repercussão na última quinta-feira (1º), e chamou atenção para o debate relacionado ao tema. A luta de Khelif terminou em 46 segundos após o abandono por parte da italiana Angela Carini, alegando fortes dores após um soco.
Inicialmente a argelina Imane Khelif foi apontada como uma pessoa trans; informação que foi corrigida horas depois pela organização dos jogos. Ela nasceu com uma condição em que tem órgãos genitais femininos, mas cromossomos sexuais XY (que determinam o sexo masculino) e níveis de testosterona no sangue compatíveis com o corpo masculino. Khelif também se identifica como mulher. O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos-BA) aproveitou a visibilidade da pauta para reforçar sua opinião contrária a disputas deste tipo.
O parlamentar ressaltou o desequilíbrio e a injustiça causada quando mulheres precisam disputar com pessoas trans, biologicamente masculinas, pois há uma diferença gritante entre os dois gêneros no quesito físico, o que normalmente favorece estes atletas que se identificam com o sexo oposto.
“Querem empurrar esta proposta ideológica goela abaixo, mas esse foi um exemplo de como isso pode ser perigoso. Transexuais, que dizem defender a todos, visam tirar vagas de mulheres pelo bem da ‘diversidade’. São homens biológicos que estão se favorecendo desta oportunidade de disputar com pessoas com condicionamento físico menor, não podemos aceitar isso!”, ressaltou Samuel.
O deputado baiano pontuou que a manifestação de repúdio também é uma forma de expressar apoio ao público feminino, que sai prejudicado por conta de ações como essa em eventos esportivos. “Nossas mulheres precisam ter seu espaço para mostrarem sua capacidade, de igual para igual, e não serem boicotadas”.
Ainda sobre o caso Khelif, o parlamentar baiano lembrou que em março de 2023, a Associação Internacional de Boxe (IBA) desclassificou a atleta na disputa pela medalha de ouro no Campeonato Mundial Feminino de Boxe, após ser submetida a um exame de testosterona, sob alegação de que não atendia aos "critérios de elegibilidade necessários" e foi considerada como "tendo vantagens competitivas sobre outras competidoras femininas".
“É preciso defender a categoria feminina”, finalizou Samuel Júnior.