Gustavo Ferraz ‘não tem o que delatar’, diz advogado
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Apesar de "colaborar" com a Justiça, o ex-diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Gustavo Ferraz (PMDB), não deve firmar nenhum acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.
Segundo o advogado Pedro Machado, responsável pela defesa, o peemedebista baiano “não tem o que delatar”, embora tenha reconhecido que buscou dinheiro em espécie para o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB).
O defensor negou ser questão de desinteresse do MPF em fechar o acordo. “Ele já prestou depoimento e confessou que, em 2012, teria buscado uma verba. Ele já confessou. Isso é colaborar, não é? Não é questão de interesse. Ele não tem o que delatar. Para ele delatar, ele teria que ter participado de esquema fraudulento”, afirmou, em entrevista à reportagem.
Como a Polícia Federal encontrou indícios da participação do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), irmão de Geddel, nos supostos crimes, as investigações foram encaminhadas para o Supremo Tribunal Federal (STF). Para Pedro Machado, o caso deveria ser “desmembrado” e o processo contra Ferraz voltar para a primeira instância, já que o seu cliente não tem foro privilegiado.
“Na verdade, cabe ao ministro decidir. Não tenho nada contra o desmembramento. Acho que seria o caso, mas como não tive acesso a toda investigação, não tenho muito como me pronunciar. Está sigiloso”, disse, ao ressaltar que o pedido da defesa para que o ex-diretor da Codesal seja ouvido, em audiência de custódia, ainda não foi analisado.
Segundo o advogado, o Ministério Público já se pronunciou sobre um pedido de liberdade feito pela defesa e a expectativa é de que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região se pronuncie nos próximos dias. O Superior Tribunal de justiça (STJ) negou. Ferraz completa, no próximo domingo (8), um mês preso.
As informações são do site Bahia.ba.