Deputado Samuel Júnior aciona MP para apuração de apresentação de drag queen seminua em escola da capital
Na petição, o parlamentar cobra ainda o afastamento imediato da professora responsável pela organização do evento e do diretor do colégio até a conclusão das investigações pelo MP
Um verdadeiro absurdo. Foi assim que o deputado estadual Samuel Júnior (PSC) classificou a performance da drag queen Natha Sympson, 19 anos, durante um projeto sobre identidade e gênero no Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória. O vídeo polêmico da apresentação tem circulado nas redes sociais e gerado a revolta de pais de alunos da instituição de ensino.
Nesta segunda-feira (18), o parlamentar protocolou no Ministério Público (MP) uma representação para que o órgão apure e aplique as sanções penais cabíveis aos responsáveis pela mostra cultural, que segundo o deputado, configurou claramente a apologia ao sexo, corrupção de menores e atentado ao pudor. Na petição, Samuel solicita ainda o afastamento imediato da professora responsável pela organização do evento e do diretor do colégio até a conclusão das investigações pelo MP.
“A discussão sobre diversidade de gêneros que a escola propôs não é o que se espera que ocorra dentro de um colégio, muito pelo contrário, a famigerada apresentação foi uma clara apologia ao sexo, em ato extremamente atentatório ao pudor e aos bons costumes, divergente da faixa etária dos adolescentes que a assistiram. Um verdadeiro absurdo”, relatou indignado.
Em novembro, Samuel Júnior apresentou um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa que obriga instituições de ensino das redes pública e privada da Bahia a prestar informações detalhadas para os pais ou responsáveis pelos alunos sobre o conteúdo das atividades extraclasse de cunho artístico e cultural promovidas pela escola. O projeto que segue em tramitação, visa garantir que os valores familiares individuais sejam preservados sem que os alunos sejam prejudicados nas avaliações escolares.
O descumprimento do disposto em lei acarretará em multa no valor de 1.000 UFIRs (aproximadamente mil reais), cobrada em dobro nos casos de reincidência. Para o parlamentar, o dispositivo legal irá evitar que casos como o ocorridos no Colégio Odorico Tavares voltem a acontecer no estado.
“É evidente que a arte pode ter seu caráter crítico e também ser um meio de conscientização política, contudo, após algumas manifestações artísticas causarem polêmica pela exposição de atos obscenos e outra envolvendo menores de idade, onde um ator totalmente nu interage com crianças. Vamos trabalhar para que a lei possa ser votada e aprovada o mais breve possível para evitar que nossos jovens continuem a ser expostos a esse tipo de conteúdo”, finalizou.