“A não correção da tabela do Imposto de Renda prejudica os trabalhadores”, reclama Augusto Vasconcelos
Sem correção há três anos, a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) passará mais um ano sem reajuste, informou nesta quinta (11) a Receita Federal. Para este ano, a faixa de isenção continuará em vigor apenas para quem recebe até R$ 1.903,98.
Para Augusto Vasconcelos, Presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, “a não correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação, promove uma verdadeira extorsão tributária com os assalariados, ampliando ainda mais a desigualdade no país. Temos um sistema tributário injusto, onde os mais pobres comprometem grande parte dos seus recursos, enquanto que os mais ricos, proporcionalmente, pagam bem menos. O Brasil precisa de uma Reforma Tributária que respeite o princípio da capacidade contributiva.”
A defasagem acumulada da tabela do Imposto de Renda entre 1996 e 2017 chega a 88,4%, se fosse aplicado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) todos os anos.
De acordo com o Sindifisco Nacional, se toda a defasagem tivesse sido reposta, a faixa de isenção para o Imposto de Renda contemplaria quem ganha até R$ 3.556,56. O desconto por dependente subiria de R$ 2.275,08 para R$ 4.286,28 por ano. O valor deduzido com gastos de educação chegaria a R$ 6.709,90, contra R$ 3.561,50 atualmente.