Jaques Wagner recebeu R$ 82 milhões de propina da Fonte Nova
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O ex-governador Jaques Wagner (PT) recebeu R$ 82 milhões em propina e recursos para campanha eleitoral, em 2014, fruto de irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão da Arena Fonte Nova.
A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (26) pela Polícia Federal no âmbito da Operação Cartão Vermelho, que busca suspeitos de envolvimento na fraude a licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro.
A delegada Luciana Matutino, chefe da delegacia de combate à corrupção da PF, explicou que Wagner recebeu boa parte do valor desviado para pagar campanha.
"Dos R$ 82 milhões de doação, só R$ 3,5 milhões foram declarados, pelo que apontam as investigações até agora. De acordo com as investigações a licitação da Fonte Nova foi direcionada e decidida pela governadoria. A maioria das vezes a propina foi paga em espécie", afirma a delegada.
Atualmente, o petista é o atual secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia.
Em valores atualizados, o desvio chega a R$ 450 milhões. Além de Wagner, a PF indiciou Bruno Dauster, atual secretário da Casa Civil da Bahia, e o empresário Carlos Dalton e pediu a prisão dos três, mas a Justiça negou.
Os materiais apreendidos durante a intervenção serão analisados nos próximos 15 dias. Dentre eles estão 15 relógios de luxo apreendidos na casa do ex-governador.