“Neto tem tudo para ganhar a eleição no primeiro turno”, diz Leo Prates
O deputado estadual Leo Prates (PDT) acredita que o candidato do União Brasil ao governo da Bahia, ACM Neto, pode levar a eleição no primeiro turno. “Eu acho, a minha avaliação é que, por enquanto, ACM Neto tem tudo para ganhar a eleição no primeiro turno. A eleição só se ganha no dia, nós estamos com a sandália da humildade, correndo nos municípios da Bahia, trabalhando. Vamos apresentar o melhor plano de governo entre os candidatos a governador. Agora, nós temos todas a chances e condições de ganhar a eleição no primeiro turno. Temos o melhor candidato, temos as melhores propostas e estamos vendo o sentimento popular abraçando a candidatura de ACM Neto”, disse, em entrevista à Tribuna.
Para ele, a eleição ao governo da Bahia não será casada com o pleito nacional. “Acho que o eleitor está independente, o eleitor não quer mais essa coisa de bloco, essa coisa autoritária de cima para baixo. Acho que o eleitor está refletindo qual as melhores propostas, qual o melhor candidato a presidente e vai fazer essa reflexão cargo a cargo. Eu não acho mais que o voto vai ser entrelaçado.”, pontuou.
Tribuna – Como o senhor vê o desenrolar do início da campanha? Há uma expectativa de uma vitória de ACM Neto no primeiro turno ou na sua avaliação pode haver um segundo turno?
Leo Prates – Eu acho, a minha avaliação é que, por enquanto, ACM Neto tem tudo para ganhar a eleição no primeiro turno. A eleição só se ganha no dia, nós estamos com a sandália da humildade, correndo nos municípios da Bahia, trabalhando. Vamos apresentar o melhor plano de governo entre os candidatos a governador. Agora, nós temos todas a chances e condições de ganhar a eleição no primeiro turno. Temos o melhor candidato, temos as melhores propostas e estamos vendo o sentimento popular abraçando a candidatura de ACM Neto.
Tribuna – O senhor acredita que a eleição nacional de presidente pode de alguma forma influenciar a eleição aqui na Bahia. Por exemplo, Lula especificamente, pode ajudar a crescer, ou são coisas separadas?
Léo Prates – Acho que o eleitor está independente, o eleitor não quer mais essa coisa de bloco, essa coisa autoritária de cima para baixo. Acho que o eleitor está refletindo qual as melhores propostas, qual o melhor candidato a presidente e vai fazer essa reflexão cargo a cargo. Eu não acho mais que o voto vai ser entrelaçado.
Tribuna – Caso o senhor seja eleito para a Câmara Federal, qual será sua principal área de atuação, qual sua principal bandeira que o senhor focará para a Bahia e para o Brasil?
Léo Prates – Irei trabalhar fortemente pela saúde e pelo social, serão minhas duas principais bandeiras. São as áreas, inclusive, que eu ocupei secretarias no município de Salvador. São as áreas que, como vereador, me trouxeram destaque. Especialmente na área social, no movimento da pessoa com deficiência, depois eu me aproximei pelo movimento da pessoa em situação de rua e por último dos movimentos da saúde. Então essas serão minhas principais áreas: saúde e social. Acho que adquiri conhecimento, bagagem, na minha vida para poder contribuir com meu país e contribuir com meu estado nesses dois campos.
Tribuna – Além da saúde, quais as principais ou a principal carência na Bahia, hoje, e que o governo do estado atual não conseguiu ainda consolidar políticas eficazes para resolver os gargalos?
Léo Prates – O principal desafio do próximo governo será a educação, sem sombra de dúvidas. Ainda tem indicadores da área de educação que deixam muito a desejar. Eu acredito que o desafio do próximo governador será dentro das áreas a educação, eu acho que a educação é a área onde se deve ter o maior investimento e um olhar mais cauteloso do próximo governador, seja quem for. A gente está acompanhando ACM Neto, mas acho que essa é uma área que precisa de um olhar especial. E na área da saúde eu acredito que o governo do estado tem que participar mais da atenção primária. A lei do SUS diz que o SUS é tripartite (prefeituras, governo do estado e governo federal), então a gente precisa de um investimento maciço do governo do estado na atenção primária. Inclusive como alguns estados vêm fazendo premiando prefeituras que melhoram indicadores, por exemplos indicadores associados ao AVC, a infarto, indicadores que possam reduzir a demanda por atendimento a saúde.
Tribuna – Como o senhor está vendo o desempenho dos candidatos à Presidência e de Ciro Gomes? Ainda há possibilidade de um crescimento, de ir para o segundo turno a disputa?
Léo Prates – Eu acredito que sim, eu acho que a eleição está muito ainda entre torcidas organizadas, ontem nós começamos um novo momento da eleição, começaram as entrevistas com os candidatos a presidência e eu acho que com a entrada de Ciro Gomes ele vai mostrar que é o melhor candidato para o Brasil. Além de que é o candidato que na sua pré-campanha mais prestigiou a Bahia, porque pegou uma vice baiana, vice-prefeita de Salvador, me refiro a Ana Paula Matos. Então isso mostra a prioridade que Ciro Gomes dará a Bahia, caso eleito.
Tribuna – Ana Paula como vice de Ciro, que contribuição o senhor acha que ela pode dar e agregar à chapa de Ciro Gomes, num eventual governo?
Léo Prates – Eu acho que Ana Paula traz três atrás para chapa de Ciro que são muito importantes. A primeira dela é a questão da mulher, da igualdade, da luta, ela é uma mulher de luta e uma mulher que venceu pelos seus próprios méritos. Eu tenho uma admiração enorme pela vice-prefeita e atual pré-candidata a vice-presidência da República, Ana Paula Matos. E eu acho que ela traz um olhar especial para a questão social, que é uma coisa que nós temos até como intercessão das nossas atuações na vida pública. E para a educação, Ana Paula foi diretora da secretaria de educação, foi secretária de promoção social, então eu acho que Ana Paula traz o que a Bahia tem de melhor para chapa de Ciro Gomes.
Tribuna – O senhor acha que mais à frente, quem sabe, existe a possibilidade de ACM Neto apoiar Ciro Gomes?
Léo Prates – Acho difícil isso por conta que, eu volto a dizer eu acredito numa vitória de ACM Neto no primeiro turno. ACM tem no seu palanque o PDT, que lançou Ciro Gomes, tem o Republicanos, que apoia Bolsonaro, tem o Solidariedade, que apoia Lula, tem o PSDB, que está na chapa com a Simone Tebet. Então, ACM tem vários partidos que estão em vários campos diversos, ou seja, ACM Neto inverteu a lógica da política de normalmente se replicar as coligações nacionais. ACM Neto é, hoje, individualmente o candidato que tem mais votos na Bahia, dentro das pesquisas que estão sendo apresentadas. Então, eu acho muito difícil ACM Neto quebrar essa lógica e se atrelar a qualquer candidato, qualquer que seja ele, acho muito difícil isso acontecer. Mas acredito que ACM Neto manterá o palanque aberto como ele sempre colocou para os candidatos que estão dentro do seu campo político.
Tribuna – Como é o clima hoje dentro do PDT baiano, existe algum tipo de atrito entre as principais lideranças, como está essa questão aí?
Léo Prates – O clima é de união, Felix Mendonça Júnior é um grande amigo que eu tenho, Ana Paula Matos é uma pessoa que nós temos uma relação há mais de 20 anos, é uma pessoa do nosso grupo político, nosso eu digo do prefeito Bruno Reis e do atual pré-candidato ACM Neto. Entre nós três, é uma relação de fraternidade, irmandade e de grande amizade, é um clima de paz.
Tribuna – Voltando à questão da saúde, como o senhor enxerga a situação hoje no estado? Aprofundando um pouco o que o senhor disse no início, o que falta aperfeiçoar e resolver de problema, de carência?
Léo Prates – Eu acho que, como ACM Neto diz, “o governo do estado tem que matar mais no peito os problemas que existem por todos os municípios”. E eu volto a dizer, há um discurso equivocado que posto de saúde é responsabilidade do município e não é, a lei do SUS diz que é tripartite (responsabilidade do governo federal, responsabilidade do governo estatual e responsabilidade das prefeituras), a responsabilidade é dos três. Nós precisamos de um investimento maciço do governo do estado com programas, inclusive o Rio Grande do Norte hoje tem grandes programas para a atenção primária, eu volto a dizer em indicadores da atenção primária, inclusive premiando os municípios que conseguirem reduzir. Eu acredito que esse é um ponto. A descentralização do serviço de saúde, por exemplo a gente falou das pessoas com deficiência, hoje você tem um centro, o CPREV, concentrado em Salvador. Nós, inclusive, aqui na assembleia apresentamos um projeto de indicação ao governo do estado pela descentralização do CPREV. Então, a descentralização dos serviços de saúde, eu acho que é um dos grandes desafios. Além do que a melhoria da logística para pacientes graves que estão no interior do estado e têm dificuldade na logística de transporte quando regulados pela regulação estadual. Acredito que esses são os avanços que a Bahia espera do próximo governador.
Tribuna – A segurança tem sido um assunto muito abordado por ACM Neto e outros candidatos na Bahia, o senhor acha que essa é uma questão também para o próximo governador?
Léo Prates – Eu acho que segurança pública é um direito do cidadão. Então, eu acho salutar qualquer tipo de debate que possa trazer melhorias para qualquer área que seja direito do cidadão soteropolitano e baiano. Eu acho também que nós precisamos avançar bastante nos programas estaduais da aérea social. Veja que ACM Neto criou o auxílio emergencial na prefeitura de Salvador, nós criamos o Mãe Salvador na saúde, que nós indicamos até que fosse para o Mãe Bahia. E o que é o Mãe Salvador? Nós temos muito problema de criança nascendo com sífilis congênita, sífilis transmitida de mãe para filho, isso traz uma falta de qualidade de vida para a criança, um sofrimento enorme para as mamães, que deveria ser o momento mais especial e um problema para o sistema público de saúde, porque essa criança vai entrar no sistema já muito nova e não vai sair mais, porque ela vai precisar sempre de tratamento especializado. Então, prevenção. Então, eu acho que o avanço dos programas estaduais na aérea social é uma das prioridades do próximo governador deve ter, porque a obrigação do estado é cuidar das pessoas que mais precisam e estão mais vulneráveis.
Por: Guilherme Reis, Rodrigo Daniel Silva e Paulo Roberto Sampaio
Fonte: Tribuna da Bahia