Saúde prepara protocolo unificado de atendimento para doença de pele misteriosa

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A Vigilância Epidemiológica do Município, pertencente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), segue estudando os 100 casos de pessoas que apresentaram sintomas da “doença de pele misteriosa”. A patologia, que provoca lesões avermelhadas parecidas com picadas de insetos e coceira, vitimou moradores de um condomínio em Patamares. Com intuito de informar sobre as ações, as Vigilâncias do município e estado realizaram uma coletiva, nesta quarta-feira (24), no Complexo Municipal de Vigilância à Saúde, na Avenida Vasco da Gama. Uma nota técnica contendo o protocolo para investigação e atendimento médico dos pacientes está sendo preparada pelas Vigilâncias e deve ser divulgada nos próximos dias.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Município, Cristiane Cardoso, a nota técnica com o protocolo visa uniformizar as informações e também os procedimentos de atendimento médico. “Precisamos responder o que é a doença, organizar o fluxo desse paciente e, a partir daí, direcionar a conduta médica”, diz ela. O protocolo prevê a distribuição de um questionário que será respondido de forma minuciosa pelas pessoas que apresentarem os sintomas. “Vamos nos debruçar sobre essas respostas para tentar fechar o diagnóstico, a partir dessas informações”, explica.
Cardoso diz que a principal hipótese para explicação da dermatite é a picada de algum inseto de difícil visualização. “Todos relataram sensação de picada, lesão na pele e coceira intensa”, afirma. Ainda segundo a especialista, até agora é possível afirmar que o surto atingiu apenas a região de Patamares, já que os demais casos de coceira espalhados pela capital e Região Metropolitana foram pontuais. “Várias outras doenças apresentam vermelhidão e coceira na pele. Num momento como esse, é fácil pensar que toda coceira seja sinônimo do surto. Temos que estudar caso a caso”, esclarece.
Por meio das investigações, sabe-se apenas que a "doença misteriosa" é uma patologia de pele autoimune, que dura cinco ou seis dias, sem presença de febre, dores no corpo e conjuntivites. A coordenadora do município afirma que equipes técnicas seguem fazendo visitas ao condomínio. A orientação geral para os moradores é que trajem roupas de proteção ao usarem as áreas externas aos domicílios, façam uso de repelentes e prestem atenção ao meio ambiente. “Nossa matéria prima é a informação, o dado”, reforçou Cardoso.
Histórico - Os casos começaram a aparecer no início de outubro, em pessoas com idades entre 4 e 64 anos. Até o momento, ainda não se sabe o que causa a enfermidade e não foram documentadas mortes nem evoluções para quadros mais graves. Desde quando surgiu, a doença começou a ser investigada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da SMS, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e a Fundação Oswaldo Cruz na Bahia. A equipe é composta por infectologistas, epidemiologistas, dermatologistas, veterinários e biólogos.
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