Hospital Municipal de Salvador chega à marca de 500 cirurgias bariátricas realizadas
O Hospital Municipal de Salvador (HMS) realizou, nesta sexta-feira (14), a 500ª cirurgia bariátrica para controle da obesidade em pacientes da capital baiana. O serviço oferecido no equipamento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), desde outubro de 2020, inclui assistência multidisciplinar envolvendo psicologia, nutrição, endocrinologia, além dos médicos cirurgiões.
A marca foi alcançada no mês em que o primeiro hospital público de Salvador, completou cinco anos de funcionamento, no bairro da Boca da Mata, proporcionando à população diversos serviços, como consultas médicas e exames especializados, atendimento de urgência e emergência, cirurgias, internações e exames de imagem. Ao todo, a equipe de profissionais envolvidos realizou mais de 12 mil atendimentos, além das 20 cirurgias bariátricas que são feitas mensalmente.
A paciente número 500, Deisiane Tainá Santos, de 31 anos, diz que realizou um sonho. “Sempre fui uma pessoa acima do peso, mas no ano passado cheguei a 149 quilos e começaram as fortes dores, além do incômodo das atividades do dia a dia. Não conseguia fazer tudo que uma pessoa com menos peso conseguia fazer, foi quando entrei em contato com o hospital, marquei a primeira consulta, passei pela equipe multidisciplinar e aí houve toda uma preparação, com atendimento psicológico e nutricionistas. Fiz os exames e retornei com todos os resultados, para a marcação da cirurgia. A partir de hoje, começo a ganhar mais saúde. Estou muito feliz”, disse entusiasmada.
O progresso contínuo do serviço foi acompanhado pela vice-prefeita e secretária municipal de saúde, Ana Paula Matos. “O marco demonstra o cuidado da Prefeitura, em vários níveis de atenção ao cidadão. A meta da gestão é fortalecer esse setor, com o objetivo de ampliar gradativamente a oferta das cirurgias bariátricas, que representam uma importante ferramenta para a promoção da saúde e qualidade de vida”, adiantou.
A obesidade é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela pode levar a várias comorbidades, como diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, problemas articulares, entre outras, aumentando significativamente o risco de morte decorrente. Nesse sentido, o procedimento cirúrgico tem sido uma das principais estratégias terapêuticas, para o tratamento da obesidade e suas comorbidades.
“A obesidade afeta desproporcionalmente pessoas de baixa renda, que muitas vezes não têm recursos para pagar por tratamentos de perda de peso. Ao oferecer cirurgia bariátrica, o SUS garante que todos os pacientes tenham acesso a um procedimento eficaz e seguro, independentemente da sua renda. Por isso, é importância continuar a investir na expansão da oferta de cirurgia bariátrica, garantindo que todos tenham melhor qualidade de vida”, destacou o médico cirurgião Creilson Campos, coordenador do setor.
Cirurgia – A cirurgia bariátrica é recomendada a pacientes entre 16 e 18 anos (mediante autorização dos pais) e até os 65 anos sem restrições. Para as pessoas acima de 65 anos, é feita uma avaliação individual. Além disso, os pacientes com IMC (índice de massa corpórea) acima de 30 estão aptos, desde que apresentem comorbidades, ou intratabilidade clínica da obesidade, apresentando documentação.
Após este período, e por indicação da equipe, o paciente tem o procedimento agendado. A cirurgia dura cerca de 90 minutos, através de videolaparoscopia, com pequenas inserções em locais pontuais e sem “abrir” o ventre do paciente. A atividade é realizada por equipes experientes e com a utilização de equipamentos de primeira linha. O acompanhamento pós-operatório tem duração aproximada de seis meses, ainda sob orientação da equipe multidisciplinar do HMS.
Administrado pela Santa Casa de Misericórdia da Bahia e contando com mais de 1,2 mil colaboradores em sua estrutura, o Hospital Municipal é uma das duas únicas unidades públicas do estado que obteve a certificação nacional de qualidade, através de sua eficiência administrativa, que se consolida como referência no tratamento de doenças de alta complexidade e na produção e difusão de conhecimento, nos campos do ensino, pesquisa, assistência e inovação.
Texto: Ascom/SMS