Ministro de Lula é alvo de pedido de impeachment; saiba motivo
O ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida se tornou alvo de um pedido de impeachment, que será protocolado na Câmara dos Deputados. O afastamento foi solicitado depois que o jornal Estado de São Paulo ter noticiado que a pasta bancou uma das viagens de Luciane Barbosa Farias, mais conhecida como a "dama do tráfico amazonense", fez a Brasília.
O pedido, de autoria do deputado Rodrigo Valadares (UB-SE), conta com a assinatura de 41 deputados. Os parlamentares apontam para a legitimidade da abertura do processo de impeachment, já que os artigos para crime de responsabilidade é “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.
"Ao autorizar o dispêndio de recursos públicos com os gastos de viagem da Sra. Luciane Barbosa Farias, Silvio Almeida pôs o aparato estatal à disposição de indivíduo umbilicalmente ligado ao tráfico de ilícito drogas, aviltando a República, instrumentalizada que foi em prol do interesse de grupo criminoso representado por aquela pessoa", diz Valadares na justificativa do requerimento.
Entre os deputados que estão na lista de co-autores, há 11 são filados a partidos que contam com representantes no primeiro escalão do governo do presidente Lula (PT): União Brasil (5), PSD (1), Republicanos (3) e PP (2).
Entre os 30 deputados que integram a oposição, 26 são filiados ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Outros dois são do Novo, um do Patriota e outro do Podemos (1).
Luciane Barbosa Farias é casada com Clemilson Farias, um dos principais líderes do Comando Vermelho. Além de reuniões no Ministério dos Direitos Humanos e no Ministério da Justiça e Segurança Pública, ela também se encontrou com deputados como André Janones e Guilherme Boulos.