Banco Central reduz juros pela 4ª vez consecutiva; saiba o que fazer com seus investimentos
Pela quarta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que fez sua última reunião nesta quarta-feira (14), cortou a Selic em 0,5 ponto percentual, levando os juros a 11,75% ao ano. A medida causa uma série de implicações nas finanças do brasileiro. Diante deste novo patamar, como ficam os investimentos?
Estrategista de Investimentos do Santander Brasil, Arley Junior falou sobre o assunto: "Mantemos em nossas recomendações os pós-fixados, especialmente os que acompanham a variação da taxa de juros, visto que ela ainda opera em patamar elevado, tais como CDBs, fundos DI e Tesouro Selic. Para quem quer diversificar, mas ainda se mantendo na renda fixa, LCIs (Letra de Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) e LIGs (Letra Imobiliária Garantida), que têm como vantagem serem isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas”.
Mesmo que os índices de inflação estejam sinalizando uma convergência para a meta do BC, o especialista lembra que designar parte dos investimentos para produtos que acompanham o índice é uma forma de proteger o patrimônio de eventual disparada dos preços. “Além de ser uma oportunidade de ganho real”, afirma Arley.
Para quem está disposto a correr um pouco mais de risco, Arley indica fundos multimercados como opção para diversificação e a Bolsa de Valores, que ainda está com preços atrativos, indicando um momento oportuno de entrada para quem possui médio e longo prazos para investir. São investimentos que conseguiram capturar retornos elevados nos últimos ciclos de queda de juros.
Para Arley, mais importante do que a escolha do tipo de investimento é compor uma carteira diversificada, adequada ao perfil de risco da pessoa. “Por isso nossa recomendação é sempre investir em diferentes produtos, mas de maneira estratégica, não necessariamente com uma quantidade elevada, pois eventuais perdas podem ser compensadas pelos ganhos com outros investimentos. Mas também é preciso que o investidor analise o seu momento de vida, seus objetivos e à disposição para risco”, afirma o estrategista.