Show na Concha abre comemorações pelos 50 anos do TCA
Foto: Elói Corrêa/GOVBA
Várias gerações de público e de artistas se encontraram na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), na noite deste sábado(4), para a abertura do cinqüentenário da maior casa de espetáculos da Bahia. No palco, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), regida pelo maestro Carlos Prazeres, recebeu como convidados os cantores Gilberto Gil, Baby do Brasil, Saulo e o afoxé Filhos de Ghandy. As comemorações vão prosseguir durante o ano, com espetáculos de música, dança e exposições em todos os espaços do Complexo do TCA.
Para Gilberto Gil, o Teatro Castro Alves é um dos que mais recebe atenção do poder público no Brasil. “Até porque é um lugar de acolhimento da vida cultural. Por isso, fica obrigatório que haja essa atenção por parte do Governo. A instituição precisa, merece e a sociedade cobra. O TCA tem se destacado no suporte às artes cênicas, à dança, à música, com o teatro propriamente e a Concha Acústica. Eu me lembro desde o incêndio, a reconstrução e os grandes momentos que vivemos aqui, eu e colegas”.
Saulo Fernandes, nascido no município de Barreiras, no oeste da Bahia, disse que, desde criança, nem em sonho se via cantando no Teatro Castro Alves. “Só que eu fiquei adulto, vim para Salvador e, agora, sobretudo, nessa experiência de carreira solo, eu pude conviver com a orquestra. O maestro Carlos Prazeres faz uma ponte incrível entre as músicas popular e erudita, e isso é transformador”.
Segundo o artista, o maestro disse que lhe mostraria muitas coisas de música clássica que mudariam seu panorama de composição. “E, de fato, as coisas que tive acesso são transformadoras. O TCA é um lugar mágico, onde artistas como Maria Bethânia pisam. Eu me sinto honrado em estar aqui hoje. O Teatro faz parte da nossa vida, da nossa cultura, do nosso entendimento de que a arte genuína é fundamental”.
O maestro Carlos Prazeres afirmou que a Orquestra Sinfônica da Bahia está crescendo e entrando em uma nova era. “A luta para conquistar um público para a música sinfônica acontece no mundo todo. Ao contrário do mundo, onde o público de música clássica decai vertiginosamenete, a Osba descobriu uma maneira de fazer com que este público cresça. Nós tivemos um acréscimo de 192%. E o papel do Governo é fomentar os anseios da sociedade. O Governo do Estado passa a abraçar a Osba da maneira como a orquestra merece ser abraçada, com todo este enlace com a sociedade. Parte para uma nova era a fim de viver momentos mágicos”.
O suiço Michael Dlouhy afirmou que o TCA é um banho de cultura. “O teatro é importante para eu entender a riqueza da cultura brasileira. Toda vez que venho no Teatro Castro Alves ou na Concha Acústica eu saio daqui mais rico culturalmente. Já assisti aqui Lenine, Margareth Menezes, Baiana System, Ney Matogrosso e vários outros’. Baiana, a secretária Zenália Santos, 51 anos, lembrou de bons momentos vivenciados no TCA. “Eu já vivi muita coisa boa neste teatro. Assisti Novos Baianos, Nando Reis. Venho sempre, com a família e amigos. O teatro está ótimo, a reforma melhorou. Já era bom, ficou melhor ainda’.