Morre ex-ministro e membro da ABL, Eduardo Portella

FOTO REPRODUÇÃO 

O ex-ministro da Educação e acadêmico Eduardo Portella morreu hoje no Rio de Janeiro, após dar entrada nesta segunda-feira (2) no Hospital Samaritano. Portella era ocupante da cadeira número 27 na Academia Brasileira de Letras (ABL) e foi ministro da Educação, Cultura e Desportos do governo João Figueiredo. No cargo, ficou célebre pela frase “Eu não sou ministro, estou ministro”.

De acordo com a biografia publicada no site da ABL, Portella nasceu em Salvador (BA), em 8 de outubro de 1932. Filho de Enrique Portella e de Maria Diva Mattos Portella. Fez os primeiros estudos em Feira de Santana e os secundários no Recife. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, em 1955.

No primeiro ano do curso de Direito iniciou-se na crítica literária no Jornal Universitário. Começou sua colaboração regular de crítico no Diário de Pernambuco. Fez parte do grupo de jovens intelectuais que fundou a Editorial Sagitário. É considerado o introdutor, no Brasil, na crítica militante, da “nova crítica de base estilística” (registro de Afrânio Coutinho) e, no ensino universitário de Letras, da “compreensão ontológico-hermenêutica” (conforme Emmanuel Carneiro Leão)

Estreou em livro, em 1953,  com Aspectos de la poesía brasileña contemporânea, tese apresentada nas I Jornadas de Lengua y Literatura Hispanoamericana, em Salamanca. Desde 1953 fez opção pela docência universitária: inicialmente em Madri, na Faculdade de Letras da Universidade Central de Madri; seguida em Recife, na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Federal de Pernambuco; prosseguindo no Rio de Janeiro, na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde permaneceu conquistando todas as titulações, por concursos públicos de provas e títulos, até receber o título de Professor Emérito.

Simultaneamente ao exercício acadêmico, ocupou inúmeros e diferentes cargos públicos, desde 1956, quando foi nomeado Técnico de Educação do Ministério da Educação e Cultura, até 1979 quando exerceu a maior função desse mesmo ministério, Ministro de Estado da Educação, Cultura e Desportos.

Em 1988, foi nomeado Diretor Geral Adjunto da UNESCO, cargo que ocupou por cinco anos consecutivos. Foi eleito, para o período de 1997-1999, pelo colegiado superior, Presidente da Conferência Geral da UNESCO.

Deixou o Ministério por defender a valorização dos professores, pleito da greve dos docentes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, recebendo o apoio de intelectuais como o de Alceu Amoroso Lima, registrado em artigo no JB, intitulado “Caiu para cima”.

Outras notícias

POLÍTICA

Em imersão com indígenas na Aldeia Multiétnica, consultora denuncia retrocesso ambiental proposto pelo PL da Devastação

16 de Julho de 2025

POLÍTICA

PL propõe Banco Municipal de Boas Práticas Educacionais em Salvador

16 de Julho de 2025

SAÚDE

Usuários do Bolsa Família devem realizar acompanhamento nas unidades de saúde

11 de Julho de 2025

POLÍTICA

Leo Prates é destaque entre os “Cabeças do Congresso” e reforça força do trabalho coletivo

11 de Julho de 2025

POLÍTICA

Marcelle Moraes comemora aprovação nacional de lei que proíbe testes cosméticos em animais

10 de Julho de 2025

Ver mais

Do amor à indecisão 09 de Março de 2018

TSE mantém multa contra campanha de Bolsonaro por fake news 21 de Junho de 2023

Advogado de Lula pede que juiz reconsidere acesso a sistema da Odebrecht 05 de Setembro de 2019

Especialista defende secretário de Cultura de Salvador e questiona fãs de Claudia Leitte sobre postura racista 18 de Dezembro de 2024

Consultora racial aponta hipocrisia em esposa de Paquetá sobre caso em Salvador: “dorme com um investigado” 24 de Novembro de 2024