Todos os presos por suposto envolvimento ao mega-assalto no Paraguai são brasileiros
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Uma mansão em Ciudad del Este, mesmo município onde ocorreu o mega-assalto a uma transportadora de valores no Paraguai, na fronteira com o Brasil, foi usada por alguns dos suspeitos envolvidos na ação.
Segundo a Polícia Federal (PF), a casa funcionava como base estratégica da quadrilha no país vizinho. Materiais genéticos foram recolhidos no local para serem comparados com os dos suspeitos já presos. Outros imóveis clandestinos supostamente usados pelo grupo, entre eles um no Brasil, também estão sendo investigados. Também já foram apreendidos sete veículos, dois barcos, cinco fuzis, metralhadora, explosivos, malotes vazios e um com cédulas de guarani, dólar e real, além de munição de grosso calibre.
Até o início desta tarde, dez suspeitos haviam sido presos, sendo todos brasileiros. Porém, acredita-se que 50 homens teriam participado do mega-assalto, considerado o maior praticado no país. Ainda não se sabe o montante levado pela quadrilha. Inicialmente a soma informada era de US$ 40 milhões de dólares.
Um dos suspeitos de ser mentor do mega-assalto é integrante do PCC, facção criminosa que age dentro e fora dos presídios de São Paulo. Luciano Castro de Oliveira, o Zequinha, foi condenado a mais de 50 anos de prisão e é foragido da Justiça. Ele é considerado o número um da lista dos criminosos mais procurados de São Paulo. A identificação dos bandidos envolvidos nos confrontos no Paraná reforçou a suspeita.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Fabiano Bordignon, o mega-assalto não foi feito por amadores. “O modus operandi que aconteceu no Paraguai foi um pouco repetido do que já aconteceu no Brasil, o que nos leva a crer que há realmente aí desses presos, alguns são brasileiros e provavelmente uma quadrilha capitaneada em grande parte por, infelizmente, brasileiros?”, afirmou.