PF desmente mensagem que circula por WhatsApp sobre encontro de Lula com coordenador da Lava Jato
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A assessoria da Polícia Federal no Paraná afirmou, nesta segunda-feira (18), que é falsa a mensagem que circula por grupos de WhatsApp que dá conta de um encontro do ex-presidente Lula com o coordenador da Operação Lava Jato para pedir vistas grossas da Polícia Federal em troca de dinheiro.
A assessoria da Polícia Federal no Paraná diz que a mensagem é "falsa e absurda." Segundo a PF, o funcionário e o delegado citados não existem e o coordenador da Lava Jato não esteve em nenhum momento com Lula.
Veja a nota da PF:
1 Trata-se de mensagem é falsa e absurda.
2 - Não existe nenhum servidor da PF de nome 'Talysson de Almeida', e não existe na PF do Paraná delegado de nome 'Igor Cardoso'.
3 - O Delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (DRCOR/SR/PF/PR) que coordena, entre outros trabalhos, as investigações da Lava Jato no EStado do Paranã não esteve em momento algum com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as suas vindas a Curitiba para participar de audiências na Justiça Federal do Paraná. Da mesma forma, jamais realizou qualquer tipo de reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre qualquer assunto.
4 - Em nenhum momento houve qualquer tentativa, conversa ou reunião com quem quer que seja para tratar de assuntos relacionados às investigações da Operação Lava Jato, que são restritos unicamente à equipe de investigação da Polícia Federal, bem como representantes do Ministério Público Federal e Justiça Federal, quando necessário.
5 - Mensagens desta natureza divulgadas de maneira ampla através de grupos de aplicativos de conversas tem como objetivo tentar prejudicar os trabalhos desenvolvidos pela equipe de investigação
6 - Os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal têm sido marcados pela imparcialidade, qualidade técnica e respeito à lei, assim reconhecidos pela população brasileira."
Veja a mensagem falsa:
"Meu nome é Talysson de Almeida e trabalho na sede da Polícia Federal aqui em Curitiba. Como é de conhecimento de todos, no último dia 13/09, o ex-presidente Lula veio a esta cidade para prestar depoimento ao Juiz Sérgio Moro. O que quase ninguém sabe é que, antes de deixar a cidade, ele se encontrou com o Delegado Federal Igor Cardoso, coordenador da Operação Lava Jato no Paraná. O objetivo era propor uma redução das investigações, uma vez que alguns fatos gravíssimos estão por vir à tona. Eu fiz parte do corpo de escolta e acompanhei parte da conversa. Infelizmente, até agora não sabemos qual vai ser a postura do Delegado ante à proposta do ex-presidente, que ofereceu até recursos materiais e financeiros em troca de vistas-grossas da PF e abandono de algumas linhas de investigação.
Mesmo correndo o risco de perder o meu cargo, oou ainda de ser caluniado como meu colega Newton Hidenori Ishii, mais conhecido como "Japonês da Federal", que foi injustamente acusado e preso por supostamente facilitar o contrabando no paraná, me sinto no dever de levar essa informação ao maior número de pessoas possível. Tenho certeza de que se a população souber que a Lava Jato está sendo ameaçada e se manifestar contra qualquer abalo nas investigações, nada poderá deter a limpeza política tão necessária para salvar nosso país da cultura da corrupção.
Por isso, peço sua ajuda. Compartilhe essa publicação com o maior número de pessoas possível. Juntos somos mais fortes!"