Preso, Geddel chega a Brasília; defesa diz que prisão foi desnessessária.
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), preso pela Polícia Federal na Bahia, chegou na madrugada desta terça-feira, 4, a Brasília. A prisão foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal (DF).
Geddel chegou acompanhado de policiais federais. Ele estava sem algema e levando uma pequena mala. O político baiano foi levado para a carceragem da Polícia Federal (PF). A defesa dele diz que a prisão foi desnecessária.
Confira nota da defesa na íntegra:
Nota à imprensa
A defesa técnica do Senhor Geddel Vieira Lima vem registrar sua incompreensão
em relação ao absolutamente desnecessário decreto de prisão preventiva.
Decerto, diante da ausência de relevantes informações para sua decisão,
inexplicavelmente não relatadas na representação policial, a autoridade judiciária
infelizmente laborou em erro. Dessa forma, acabou por não considerar que, desde
o momento em que o Senhor Geddel Vieira Lima se viu injustamente enredado no
bojo da “Operação Cui Bono”, colocou-se à disposição das autoridades
constituídas, para apresentar os documentos que lhe fossem solicitados, assim
como comparecer a todos os chamados que eventualmente lhe fossem formulados,
inclusive abrindo mão dos seus sigilos bancário e fiscal, assim como do seu
passaporte.
Assim, em que pese tenha sucessivamente se disponibilizado a prestar
depoimento, inacreditavelmente, até o presente momento, jamais foi intimado
para tanto, revelando uma preocupação policialesca muito mais voltada às
repercussões da investigação para grande imprensa, do que efetivamente a
apuração de todos os fatos.
Ademais, deixou de ser relatado que, mesmo no depoimento prestado à
Procuradoria-Geral da República, Joesley Batista foi enérgico em pontuar que
jamais pagou propina (ou qualquer tipo de vantagem indevida) ao Senhor Geddel
Vieira Lima. Enfim, diante da ausência de relevantes informações, acabou-se por
não apreciar os substanciais elementos que comprovavam a inadmissibilidade da
prisão preventiva no caso concreto.
Sabedor da sua inocência e confiante na altivez do Poder Judiciário, o Senhor
Geddel Vieira Lima segue inabalável na reparação do cerceamento às suas
liberdades fundamentais, registrando que, estando custodiado, deposita sua
integridade física nas mãos da autoridade policial.
Salvador/BA, 3 de julho de 2017.