Gilmar Mendes janta com Temer e ataca Rodrigo Janot
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes jantou, na noite de domingo (6), com o presidente Michel Temer, no Palácio Jaburu. A pauta do encontro seria a reforma política. O encontro acontece em meio às expectativas de que novas denúncias sejam apresentadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer.
Ainda no domingo, Gilmar Mendes afirmou ao Estado/Broadcast que STF ficou a reboque da Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso da Lava Jato e desejou ao procurador-geral Rodrigo Janot "uma boa viagem". Janot encerra seu mandato no mês que vem. "Ele [Janot] perdeu todas as condições de equilíbrio para continuar exercendo o cargo. Infelizmente, o sistema permite isso. Eu tenho criticado o Supremo Tribunal Federal, que ficou a reboque de impulsos do procurador-geral, permitindo a violação da lei de delação e uma série de abusos nessa área. Estamos fazendo uma rediscussão sobre esse tema. Certamente, o Tribunal vai acertar o passo. Acho que haverá o restabelecimento da normalidade na relação do Tribunal com a PGR.
Gilmar Mendes tem dirigido duas críticas a Janot. Logo após o fim do recesso Judiciário, ele afirmou que o direito processual penal brasileiro se tornou “um baguncismo”, e que o próprio STF é um dos culpados.
O ministro afirmou ainda que espera que a Procuradoria-Geral da República (PGR) recupere “um mínimo de decência e normalidade” sob o comando de Raquel Dodge, que assume a chefia da instituição em setembro.
“Tudo isso que já falei: doutrina de Curitiba [em referência à Operação Lava Jato], doutrina Janot [Rodrigo Janot, atual procurador-geral da República], isso não tem nada a ver com direito, é uma loucura completa que se estabeleceu. É uma bagunça completa”, disse Mendes antes de entrar para a sessão da Segunda Turma do STF.