Santa Cruz e Vale das Pedrinhas continuam sem transporte público
Os ônibus continuam sem entrar nos bairros de Santa Cruz e Vale das Pedrinhas na manhã desta quarta-feira (25). Para conseguir um coletivo, os moradores precisam ir até o Parque da Cidade, para onde o final de linha foi transferido desde a manhã de terça-feira (24), após protestos no bairro.
O comércio, que havia abaixado as portas, começou a funcionar normalmente. Segundo moradores, o clima está mais tranquilo no bairro. A comerciante Vanda Pacheco, 57, afirmou que desde ontem a situação melhorou no bairro. "O clima está muito bom. Comércio reabriu, a gente voltou a trabalhar e vida que segue", disse.
O estudante Carlos Eduardo, 27, confirmou que nada de anormal aconteceu de ontem para hoje. "Ainda bem que não, a única deficiência são os ônibus mesmo. Espero que voltem logo", completou.
O policiamento continua reforçado no bairro, com viaturas da Rondesp e da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Nordeste de Amaralina).
Paralisação
O sindicato informou ao Correio que a categoria pretende se reunir nos próximos dias para organizar uma paralisação, que deve acontecer até a semana que vem. "Além da insegurança, está havendo descumprimento entre empresa e sindicato. Os motoristas estão com medo de trabalhar", disse Cândido dos Santos. Segundo ele, no ano passado 35 veículos foram incendiados na capital baiana.
Os ônibus pararam de circular após um protesto na manhã desta terça-feira (24) na Santa Cruz. A polícia acredita que o ato aconteceu em decorrência da morte de um suspeito na noite desta segunda-feira (23), durante uma operação da PM no Nordeste de Amaralina.
O comerciantes do bairro não confirmaram toque de recolher, mas fecharam os estabelecimentos por segurança. Próximo ao final de linha os moradores estão apreensivos. "Estou fechando tudo. Dá medo, né?! Estou sozinha", comentou uma moradora. Os coletivos que estavam estacionados e fechados saíram por volta das 9h. Também por segurança, a PM bloqueou o acesso de veículos ao bairro. Antes da chegada da polícia, muitos coletivos já tinha saído da região vazios e em comboio.