Especialista aponta principais riscos para a saúde durante o verão
O clima de alegria do verão carioca, com o sol a pino e as praias lotadas, esconde diversos riscos ao corpo humano. É preciso estar atento aos cuidados indicados por especialistas para que a estação mais esperada do ano não vire um pesadelo.
O cardiologista José Lima, do InCor e integrante da Comissão de Remoção de Órgãos da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), alerta para o risco de sedentários iniciarem atividades físicas sem o acompanhamento de um médico.
— Com o verão, as pessoas querem perder peso e pegam pesado, mesmo sem preparo. A partir dos 30 anos, homens e mulheres devem ir ao cardiologista antes de praticar exercícios. O problema é ainda maior quando a pessoa adere a uma dieta da moda, já que passará a se alimentar mal. Quando a frequência cardíaca sobe muito rápido, aumenta o risco de ter um evento agudo — explica.
Os praieiros de carteirinha precisam ter cuidado para não terem uma insolação. A falta de água no corpo pode causar até alucinações, de acordo com o neurologista André Lima.
— A dica é se hidratar com frequência. Em casos graves, o paciente pode ser internado e receber hidratação venosa. A pior situação pode levar a um edema cerebral — afirma o especialista.
Os olhos também podem ficar prejudicados quando entram em contato com os raios solares. Para protegê-los, é preciso usar óculos escuros. E não pode ser qualquer um.
— Eles precisam ter lentes confiáveis, com filtro UV. Entre usar um de má qualidade, como os vendidos em camelôs, e não usar, é melhor ficar com a segunda opção. Isso porque a pupila fica dilatada quando colocamos os óculos escuros e, se não houver a proteção da lente, a radiação atingirá os olhos de forma direta — diz o oftalmologista Marcus Sáfady, conselheiro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e Consultor do Instituto Varilux da Visão.
O médico alerta também para as pessoas não usarem colírios se estiverem com os olhos irritados, apenas soro fisiológico ou água mineral. Segundo ele, alguns produtos têm anestésico e podem piorar a situação.
FONTE: IBAHIA